Coração acelerado, insônia, mãos suando, falta de ar. Esses sintomas fazem parte do cotidiano de quase 19 milhões de brasileiros segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Neste artigo vamos mostrar o que é e como tratar a ansiedade.
Provavelmente você também já sentiu alguns desses sinais. A diferença é que, nos casos de ansiedade excessiva ou crônica, esses sintomas são mais frequentes, intensos e persistentes, chegando a serem confundidos com um ataque cardíaco em alguns casos.
Por sua semelhança com outras condições emocionais, é comum que as pessoas demorem a procurar ajuda profissional, prolongando seu sofrimento.
Quer saber mais sobre o que é esse transtorno, quando é preciso se preocupar e como tratar? Acompanhe o artigo até o final!
O que é ansiedade?
A ansiedade é um sentimento normal de todos nós, diante de situações futuras que aumentem nossa expectativa ou gerem preocupação.
Segundo os especialistas, essa reação foi fundamental para a sobrevivência de nossa espécie, já que essa reação motivava maiores cuidados e precauções diante de situações potencialmente perigosas.
Então, de certo modo, certo nível de ansiedade é benéfico para a nossa vida.
O problema da ansiedade excessiva é que ela ocorre de forma desproporcional à situação que a motiva e pode permanecer mesmo após a resolução do problema que a causou.
Quando a ansiedade é normal?
A ansiedade aparece naturalmente em eventos ou situações nas quais criamos expectativas, ou quando estamos prestes a enfrentar o desconhecido.
Por exemplo, é comum sentir-se ansioso ou até angustiado momentos antes de falar em público, de uma entrevista de emprego ou mesmo para se declarar ao ser amado.
No entanto, em situações normais de ansiedade, essa sensação se resolve assim que o evento estressor é superado.
Sintomas de ansiedade
A ansiedade passa a ser vista como um transtorno quando ela começa a prejudicar a nossa qualidade de vida, de forma que você não mais possui controle sobre esse sentimento.
Neste cenário, a pessoa começa a sentir-se ansiosa o tempo inteiro, mesmo sem motivo aparente ou em situações que não justifiquem tamanha preocupação.
E além do coração acelerado e da respiração ofegante, outros sintomas podem surgir, como:
- Sensação de que algo horrível está para acontecer.
- Agonia.
- Movimentação descontrolada.
- Dificuldade para se concentrar em uma atividade.
- Dores musculares.
- Tonturas e sensação de desmaio.
- Irritabilidade.
- Braço dormente.
- Pensamentos negativos.
- Náuseas, vômito e enxaqueca.
- Medo constante.
- Sensação de desconexão com o ambiente.
- Suor frio.
- Boca seca e paladar sensível.
- Preocupação excessiva e nervosismo.
Principais causas
Os quadros de ansiedade excessiva ou crônica podem ser resultado de uma evolução ao longo do tempo ou podem ser provocados por eventos específicos do cotidiano.
Confira abaixo as principais causas da ansiedade excessiva:
- Rotinas extremamente agitadas e estressantes.
- Rotinas extremamente agitadas e estressantes.
- Traumas físicos ou emocionais, como agressões, assalto ou sequestro, consigo mesmo ou de terceiros..
- Distúrbios hormonais.
- Depressão.
- Fatores genéticos.
- Doenças.
Relação entre ansiedade e depressão
Um dos sintomas que a ansiedade excessiva pode desencadear são os pensamentos negativos, principalmente em relação ao futuro.
Nos quadros mais extremos, a pessoa assume uma visão pessimista de que nada vai dar certo e de que as coisas não vão se resolver de forma positiva. Ou seja, sinais muito parecidos com o de uma pessoa em quadro depressivo. E essa semelhança não é à toa.
Pacientes com transtorno de ansiedade podem apresentar depressão e vice-versa. É um cenário onde uma enfermidade tem muito potencial de desencadear a outra.
Segundo o psicólogo e pesquisador da Universidade de Brasília, André Rabelo, essa relação ocorre da seguinte forma:
“A depressão gera uma situação de falta de controle, porque a pessoa se vê triste, sem energia e, mesmo tendo motivos para fazer o que precisa, ela não tem ânimo. Ao passar muito tempo assim, pode-se gerar uma angústia tão grande que pode levar à ansiedade. Da mesma forma, uma pessoa com ansiedade, que sofre muito com preocupações excessivas, acaba pensando obsessivamente em uma mesma questão e não consegue regular isso. Então, com o passar do tempo e o sofrimento dessa condição, ela vai ficando debilitada, se achando inferior, menos capaz. Tudo isso vai deixando-a desesperançosa, melancólica, chegando aos sintomas da depressão”.
Como tratar a ansiedade
Caso você apresente um leve quadro de ansiedade, existem algumas atitudes que podem ser tomadas para reduzi-la, como:
- Adotar uma rotina de exercícios físicos.
- Buscar medidas de relaxamento, como a meditação.
- Realizar exercícios de respiração.
- Inserir atividades prazerosas na rotina.
- Reduzir o consumo de substâncias estimulantes, como cafeína.
- Organizar-se e planejar o dia com antecedência.
- Não se cobrar tanto.
No entanto, se a ansiedade for constante e provocar sintomas mais intensos, que atrapalham seu cotidiano, o ideal é buscar a ajuda de um psicólogo que, caso julgue necessário, pode pedir acompanhamento médico, para uso de medicações.
O acompanhamento psicológico é muito importante para o tratamento da ansiedade pois, além de oferecer suporte e auxiliar na administração desse sentimento, é realizada uma investigação para descobrir o que está desencadeando tudo isso.
Além disso, o tratamento previne outros transtornos mentais que podem surgir a partir da ansiedade, como é o caso da depressão.
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