A depressão também afeta drasticamente a saúde mental de sua rede de apoio, como familiares e cuidadores. Além de ser extremamente angustiante para o indivíduo que sofre com o problema,
No artigo de hoje você confere os cuidados necessários também com essas pessoas.
Acompanhe!
Quais são os sintomas da depressão?
Para muitas pessoas, é muito difícil perceber quando alguém está passando por um quadro depressivo. Isso porque os sintomas são muito parecidos com situações comuns do dia a dia.
Com isso, as pessoas ao redor já podem estar sendo impactadas pelo desgaste natural de lidar com a situação, sem mesmo saberem que se trata de alguém com depressão.
Porém, alguns sinais que podem se destacar:
1. Tristeza sem motivo aparente
É normal ficarmos tristes de vez em quando, se algo ruim acontece ou quando as coisas não acontecem da forma como desejamos. O esperado, porém, é que essa tristeza seja superada em pouco tempo e nosso humor se restabeleça.
Nos quadros depressivos, no entanto, esse sentimento surge mesmo sem uma razão clara ou objetiva. A pessoa simplesmente se sente dessa forma.
Além disso, outra característica da depressão é a longa duração dessa tristeza, que pode se manter por semanas ou meses.
2. Falta de prazer com atividades que antes gostava
Outra característica marcante da depressão é a perda da satisfação em atividades que costumavam gerar prazer.
É normal gostarmos de algumas coisas e, de outras, não. A diferença, em um quadro depressivo, é a perda do entusiasmo e alegria para tarefas que a pessoa sempre achou prazerosa.
E isso pode se dar em qualquer atividade da rotina, como estudar, praticar esportes, sair com os amigos, brincar com um pet ou mesmo cuidar do jardim, não sendo apenas com tarefas complexas ou trabalhosas.
A atenção com a saúde – mental e física – é fundamental para se proteger da depressão. Confira neste artigo como cuidar da saúde no dia a dia!
3. Desânimo e letargia
Falta de ânimo, sonolência e cansaço constantes são sinais de que algo não vai bem.
Por perder o interesse pela maioria das atividades cotidianas, o indivíduo acaba ficando mais tempo em casa, evitando o contato social, muitas vezes preferindo passar o dia no sofá ou na cama.
Infelizmente, esse sintoma é facilmente confundido com mera preguiça ou falta de vontade, mas deve ser analisado com atenção, especialmente quando associado a outros sinais.
A rede de apoio de alguém com depressão também precisa de orientação. Veja neste artigo como ajudar alguém com depressão da melhor maneira!
4. Falta de perspectiva e de esperança
Em um quadro depressivo, a pessoa não se sente estimulada a alcançar objetivos e geralmente não acredita que possa realizar algo importante.
Além disso, outros sintomas são:
- Falta (ou excesso) de apetite.
- Uso de palavras e pensamentos negativos.
- Tendência a exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, drogas ou medicamentos.
- Irritabilidade.
- Sonolência.
Vale lembrar que nem todas as pessoas apresentam os mesmos sinais e cada caso acontece de uma forma individualizada. A observação do conjunto de indícios é que deve ser o gatilho para buscar ajuda profissional.
Como a depressão pode afetar rede de apoio?
Familiares, cuidadores e amigos também sofrem quando alguém está passando por uma depressão. Querer ajudar e não saber ao certo como agir é um desafio, principalmente porque quem está doente dificilmente se abre sobre o problema nem sabe como ajudar a si mesmo.
Também é difícil para a rede de apoio entender a tristeza recorrente, já que muitas vezes não há um motivo específico para esse sentimento.
Lidar com as crises e demais sintomas é desafiador e exige uma boa dose de equilíbrio emocional.
Muitas destas pessoas abrem mão da própria vida para estar sempre por perto da pessoa doente e evitar possíveis atentados contra a vida, por exemplo.
Por isso, é fundamental essa atenção e orientação também com as pessoas que dão esse suporte ao paciente com depressão.
Cuidados com a saúde mental da rede de apoio
Quem lida diariamente com alguém que sofre com depressão também deve buscar ajuda para lidar não só com a pessoa doente, mas também com as suas próprias emoções.
O primeiro passo é reconhecer qual é o seu papel e seus limites nessa rede de apoio, entendendo que nem tudo está dentro do seu controle.
É muito comum que as pessoas do entorno do paciente se culpem e se sintam impotentes, diante de um quadro que geralmente tem uma evolução lenta e arrastada, sem uma solução imediata.
Porém, é fundamental reconhecer que o processo de cura deve ter início na própria pessoa, ao aceitar ajuda, se engajar no tratamento e desejar superar a doença. E isso a rede de apoio não poderá fazer por ela.
Para que as pessoas próximas entendam isso, é preciso que elas também recebam orientação profissional acerca do assunto, de preferência por psicólogo(a).
Além disso, também é importante cuidar da própria saúde mental. Quando não se dá a devida atenção às próprias emoções, as pessoas da rede de apoio também podem ser afetadas, seja por questões emocionais ou até mesmo físicas.
Algumas dicas valiosas para quem lida com uma pessoa com depressão são:
- Esforce-se para manter a sua própria rotina de cuidados (médicos, laborais e de lazer).
- Se possível, divida as tarefas e responsabilidades com outras pessoas.
- Entenda quais são os seus limites em relação aos cuidados com seu ente querido.
- Busque orientação profissional para entender as reais dificuldades da pessoa com depressão e como conseguir ajudá-la sem se prejudicar.
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