Março foi o mês escolhido para se lembrar do Dia Mundial da Obesidade; data criada para ressaltar a importância dos cuidados com a saúde, principalmente, com a manutenção de um peso equilibrado.
A obesidade é considerada uma doença crônica e um fator de risco para vários outros problemas de saúde.
Para saber mais sobre essa data tão importante, além de conhecer dicas e orientações valiosas sobre como prevenir ou tratar obesidade, confira os próximos parágrafos!
Dia Mundial da Obesidade
O Dia Mundial da Obesidade é uma iniciativa criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de incentivar ações voltadas para o controle do excesso de peso, numa tentativa de alertar a todos sobre os riscos dessa doença, além de estimular o seu tratamento.
De acordo com a OMS, cerca de 1 bilhão de pessoas estão obesas em todo o mundo, incluindo adultos, adolescentes e crianças. A estimativa é de que mais 167 milhões de pessoas se tornem obesas até o ano de 2025.
A OMS utiliza o Índice de Massa Corporal (IMC) para classificar e identificar casos de sobrepeso e obesidade.
Esse cálculo é feito dividindo-se o peso (em kg) altura ao quadrado (em metros). Por exemplo, uma pessoa com 1,70 m e 75 kg fará o seguinte cálculo:
- Altura ao quadrado: 1,70 x 1,70 = 2,89.
- Peso dividido pelo resultado da altura: 75/2,89 = 25,95
- O IMC é igual a 25,95 kg/m2.
Para classificação, existe uma tabela de referência que é utilizada para nortear o estado nutricional. Quando o IMC a 30 kg/m2 há classificação de obesidade. Quem apresenta IMC entre 25 e 29,9 kg/m2 se enquadrava categoria de “sobrepeso” e, quando o Índice de Massa Corporal fica entre 18,5 e 24,9 kg/m2, é considerado eutrófico, ou seja, adequado.
👉Deve-se lembrar, no entanto, que o estado nutricional pode ter interferência de alguns fatores como quantidade de massa muscular e inchaço. Por exemplo: A regra de cálculo do IMC não se aplica a pessoas com grande quantidade de massa muscular – como praticantes de musculação – e que, por isso, têm um peso elevado, mas com baixo percentual de gordura corporal.
Talvez soe estranho para você ler que a “obesidade é uma doença”, mas devido aos inúmeros prejuízos – físicos, emocionais e sociais – que gera para o indivíduo, pelo Ministério da Saúde j ela é considerada como doença crônica.
Assim, a obesidade é considerada uma doença metabólica crônica multifatorial, caracterizada pelo excesso de gordura corporal e que possui múltiplas causas.
As principais são a alimentação inadequada e o sedentarismo, tendo inúmeros outros fatores que podem contribuir para o agravamento do quadro.
Veja também: Dicas de alimentação para ter saúde o ano todo
Os principais riscos e danos da obesidade
A obesidade também é um fator de risco para o desenvolvimento ou agravamento de diversas outras doenças, como:
- Doenças cardiovasculares – Eleva o risco de problemas como insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico (AVE), hipertensão arterial sistêmica, colesterol alterado, doença arterial coronariana, entre outras.
- Diabetes tipo 2 – Tipo da doença que é adquirido, normalmente, ao longo da vida. É caracterizada pela resistência à ação da insulina.
- Problemas de sono – A obesidade também está associada a distúrbios do sono, como apneia do sono; dificuldade respiratória que causa despertares noturnos e sensação de cansaço durante o dia.
- Condições respiratórias – A obesidade pode agravar condições respiratórias, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
- Problemas nas articulações – O peso excessivo coloca uma pressão muito grande nas articulações, aumentando o risco de lesões ou de desgaste precoce dessas estruturas.
- Alterações mentais ou psicológicas – Essa condição pode afetar negativamente a saúde mental, aumentando o risco de depressão, ansiedade e outros problemas psicológicos.
- Fertilidade – É sabido que a obesidade pode afetar a fertilidade em homens e mulheres, tornando mais difícil a concepção e aumentando o risco de complicações durante a gravidez.
- Problemas de fígado – O excesso de gordura aumenta o risco de doença hepática gordurosa não alcoólica, uma condição que pode levar à cirrose e outras complicações graves do fígado
- Câncer – Sabe-se que diversos tipos de câncer estão associados à obesidade, como de esôfago, de estômago, de mama e de intestino.
A obesidade também reduz a mobilidade, e, na maioria das vezes, afeta a autoestima, comprometendo a vida social e emocional do indivíduo.
Tratar a obesidade é uma questão de saúde pública e precisa da adesão da sociedade e demais setores na promoção de medidas realmente eficazes de controle desta doença.
Veja também: Os benefícios da reeducação alimentar
O que fazer para evitar (ou tratar) a obesidade
A obesidade é uma doença multifatorial. Isso significa que não existe uma única causa para o seu surgimento. Portanto, as formas de tratar e prevenir a doença também variam bastante. Confira algumas dicas importantes:
Seguir uma alimentação saudável
Consuma alimentos naturais e faça deles a base da sua alimentação. São exemplos as frutas, os legumes, as verduras e os cereais. Reduza ao máximo o consumo de industrializados, itens açucarados, salgados ou gordurosos e beba bastante água.
Além disso, procure orientação profissional, com endocrinologista, nutricionista e, se necessário, psicólogo e nutrólogo, para que sejam criadas estratégias para seu tratamento e uma dieta individualizada, de acordo com as suas necessidades.
Realizar atividade física
Movimentar o corpo é fundamental para uma vida mais saudável e mais leve. O ideal é praticar algum esporte ou exercício físico diariamente. A recomendação da Organização Mundial da Saúde é de 75 a 150 minutos de exercícios intensos ou de 150 a 300 minutos de exercícios moderados por semana.
A atividade física ajuda na perda de peso, alivia o estresse, melhora o sono, reduz a ansiedade e estimula a interação social. E vale qualquer atividade que te faça se movimentar, respeitando suas preferências e possibilidades.
Buscar ajuda médica
Como vimos, a obesidade é uma doença com muitas causas. Por isso, o tratamento também é amplo e envolve vários ramos diferentes da saúde.
Recomendamos o acompanhamento de nutricionistas, nutrólogos, psicólogos, endocrinologistas, educadores físicos e demais profissionais que, juntos, farão um atendimento integrado e personalizado para o seu caso.
Tenha constância
Comer de forma saudável, fazer exercícios físicos, dormir bem e as demais práticas saudáveis devem ser executadas todos os dias. Ou seja, ter constância é essencial.
Seja paciente
O ganho de peso não acontece de um dia para o outro, logo, a perda de peso também pode demorar a acontecer. Por isso, é essencial ter paciência, aproveitar o processo e não desistir dos novos hábitos saudáveis.
Vale lembrar que os cuidados para evitar a obesidade devem começar desde a infância, com estímulo à atividade física e à alimentação saudável.
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