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Endometriose: conheça seus sintomas e os melhores tratamentos!

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Endometriose: conheça seus sintomas e os melhores tratamentos!

Além de causar fortes dores durante o ciclo menstrual, a endometriose tem, como uma de suas consequências mais graves, a infertilidade, que ocorre em boa parte das mulheres que convivem com essa condição.

Reconhecida como problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge cerca de 7 milhões de brasileiras, a maioria entre 25 e 35 anos de idade. 

Infelizmente, estudos mostram que, no país, a confirmação do diagnóstico pode levar até 12 anos, o que contribui para que alta taxa de complicações (e sofrimento) em decorrência da doença. 

Diante desse cenário, é fundamental que mais mulheres tenham mais informações sobre a endometriose e seus sintomas e sejam diagnosticadas de forma precoce. 

Pensando nisso, preparamos esse conteúdo com tudo sobre o que você precisa saber sobre a enfermidade. Acompanhe!

O que você precisa saber sobre a endometriose

A endometriose é uma doença crônica, que ocorre devido ao crescimento do endométrio (tecido que reveste o útero) em outros locais do corpo, como ovários, intestino, abdômen e bexiga. 

Estimativas apontam que uma em cada 10 mulheres em idade reprodutiva convive com a enfermidade. Geralmente, o pico da doença ocorre entre os 25 e 35 anos de idade. Contudo, ela pode se desenvolver mesmo antes da primeira menstruação

Em casos mais graves, esse tecido, que se desenvolve fora do útero, pode acabar formando nódulos que, se não tratados, podem afetar a funcionalidade de outros órgãos. 

Sua principal característica são as fortes dores no período menstrual, que podem ser incapacitantes, impedindo a mulher de realizar suas atividades diárias. 

Por se tratar de uma doença crônica, a endometriose não possui cura, mas os tratamentos podem evitar a infertilidade e reduzir os sintomas. 

👉 Saiba mais:

O que a endometriose pode causar?

Quais os sintomas e como observá-los

A dor intensa antes, durante e após o período menstrual é o sintoma mais comum da endometriose. No entanto, existem outros, como:

  • Fluxo menstrual mais intenso e duradouro.
  • Dores durante a relação sexual, ao defecar ou urinar.
  • Prisão de ventre ou diarreia durante o período menstrual.
  • Dificuldade para engravidar.
  • Dores frequentes no baixo ventre.
  • Sangramento fora do período menstrual.

Além dessas dores atrapalharem na realização de atividades cotidianas, outra característica é que elas não passam mesmo que a paciente faça o uso de medicações para aliviar a cólica. 

👉 Leia também:

Sangramentos fora do período menstrual: entenda o que pode ser!

Os 3 tratamentos mais comuns para a endometriose

O tratamento para a endometriose depende, além do diagnóstico, da idade da paciente, do estágio da doença e se há o desejo de engravidar.

Após avaliar esses fatores, o médico definirá, qual, entre as opções disponíveis, qual a mais indicada. As principais são:

1. Tratamento clínico

O tratamento clínico é feito por meio do uso de medicações e tem o objetivo de aliviar as dores e outros sintomas causados pela endometriose.

Para as mulheres que não têm o desejo de engravidar, o médico pode receitar o uso de anticoncepcionais orais, DIU ou chip hormonal, que ajudarão a reduzir o fluxo menstrual e evitar a ovulação, impedindo assim o crescimento do tecido do endométrio fora do útero.

Já as pacientes que querem ter filhos, o tratamento pode ser feito com o uso de anti-inflamatórios e analgésicos, para diminuir as dores e os sangramentos, além de um acompanhamento regular com o(a) ginecologista.

Outra forma de tratar a endometriose clinicamente é por meio de medicações anti-hormonais, que irão reduzir a produção de estrogênio pelos ovários, impedindo assim o ciclo menstrual e o desenvolvimento da doença. 

👉 Leia também: O que faz um(a) endocrinologista e quais doenças ele(a) trata?

2. Tratamento cirúrgico

Outra opção disponível é o tratamento cirúrgico. Essa alternativa costuma ser indicada quando o acompanhamento clínico e medicamentoso não foram efetivos ou quando já houve um crescimento excessivo do tecido endometrial fora do útero.

Com a abordagem cirúrgica, o objetivo é fazer a retirada dos focos de endometriose.

Se a paciente não tem o desejo de engravidar, também há a possibilidade de realizar uma histerectomia, procedimento que remove o útero, eliminando o problema definitivamente.

O tamanho da cirurgia vai depender muito da proximidade do tecido em relação aos outros órgãos, a idade e se a paciente possui o desejo de engravidar.

Vale lembrar que a agilidade no diagnóstico da doença é fundamental para permitir que os tratamentos sejam eficazes. Nos casos em que os focos de endometriose já avançaram de forma agressiva para outros órgãos, mesmo a opção cirúrgica pode se tornar ineficaz ou mesmo contraindicada, devido ao risco de causar danos e infecções em outras estruturas.

Além disso, a depender da evolução do quadro, pode haver comprometimento de órgãos como o intestino, com possibilidade de obstrução e/ou perfuração, ou ainda de bloqueio do fluxo urinário, com risco de comprometer a função dos rins. Em casos extremos, essas situações podem levar a quadros de infecção generalizada, com risco de morte para a paciente.

Como é feito o diagnóstico da endometriose?

Para identificar o quadro e confirmar o diagnóstico de endometriose, o primeiro passo é mesmo a consulta médica com um(a) ginecologista, quando o(a) profissional vai avaliar as queixas trazidas pela paciente, o que já direciona bastante o foco para a endometriose.

É importante citar, neste ponto, a importância de que a possibilidade da endometriose seja sempre considerada nesses casos de fortes dores durante o período menstrual (ou fora dele), sangramentos abundantes ou irregulares, entre outras queixas.

Muitas vezes, esses sintomas acabam sendo confundidos com uma simples cólica, retardando o diagnóstico e o tratamento. Dados do Ministério da Saúde mostram que a média é de 10 anos para que o problema seja identificado, o que reduz a eficácia dos tratamentos e aumenta os riscos de complicações graves.

Para investigar a presença da doença, os ginecologistas costumam solicitar:

  • Exame de sangue CA 125: uma quantidade alta de proteínas CA-125 pode indicar a presença da doença.
  • Laparoscopia: pequena cirurgia no abdômen que permite a avaliação da região em busca de lesões causadas pela enfermidade.
  • Ultrassom transvaginal: analisa toda a região pélvica, incluindo o útero, o endométrio, as trompas uterinas e os ovários.
  • Ressonância magnética: para avaliação e detecção de lesões ovarianas.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores serão as chances de controle da doença, permitindo uma maior qualidade de vida para as mulheres, menor risco de complicações e de infertilidade.

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