Cuidado e Prevenção

Câncer do colo do útero: prevenção e diagnóstico

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Câncer do colo do útero: prevenção e diagnóstico

No Brasil, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer que mais atinge as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). E a estimativa é de mais 16 mil novos casos todos os anos.  

Contudo, a desinformação é  o que torna essa doença tão relevante no país, segundo um estudo divulgado pela Fundação do Câncer. Isso porque, diferentemente de outros tipos de neoplasias, o principal agente causador é conhecido e evitável. 

Por isso, é fundamental compartilhar informações que ajudem a tornar mais conhecidas as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento. 

Este artigo tem esse objetivo, então continue a leitura!

Câncer do colo do útero: o que é e como se ele desenvolve

O câncer do colo do útero é uma condição provocada pela transformação de células presentes em lesões não tratadas na região do cérvix (sinônimo de colo uterino), causadas por diferentes razões, sendo a principal a infecção pelo HPV (papilomavírus humano).

Esse vírus é transmitido principalmente – mas não apenas – por contato sexual desprotegido, que inicialmente provoca ferimentos nessa região do útero que, se não identificados e tratados precocemente, podem evoluir para uma neoplasia.

É importante destacar que o HPV provoca infecção e lesões uterinas, não o tumor em si. Na verdade, na maioria dos casos o organismo feminino é capaz de lidar e resolver essa alteração espontaneamente. Porém, em cerca de 20% dos casos, a evolução não é satisfatória, podendo resultar em câncer. 

Além do papilomavírus humano, outros fatores também podem provocar lesões no colo uterino, como múltiplas gestações, tabagismo, número elevado de parceiros sexuais, início da vida sexual nos primeiros anos da adolescência e também uso prolongado de alguns anticoncepcionais.

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A progressão é lenta e, na maioria dos casos, não apresenta sintomas na fase inicial. Com a progressão da doença, há o surgimento de alguns sinais, como:

  • Sangramentos vaginais fora do período menstrual ou após relações sexuais.
  • Dores abdominais e durante as relações sexuais.
  • Problemas urinários ou intestinais.
  • Secreção vaginal atípica. 

Confira na ilustração abaixo os diversos estágios da doença, demonstrando desde um colo uterino saudável até um ponto avançado da doença.

Quais os cuidados para se prevenir

A principal forma de prevenção do câncer do colo do útero é utilizar preservativo – masculino ou feminino – durante as relações sexuais para evitar a contaminação pelo HPV.

Contudo, o preservativo só protege de forma parcial, pois o contágio pode ocorrer por meio do contato de outras regiões com secreções de parceiro portador do vírus, como como períneo, pele da vulva e bolsa testicular.

Por isso, a conduta mais eficaz para a prevenção da doença é a vacinação contra o HPV, direcionada para meninas na faixa etária entre 9 e 13 anos, de preferência antes de sua iniciação sexual. Essa vacina, inclusive, já faz parte do cronograma oficial de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita.

Além disso, a recomendação do Ministério da Saúde (MS) é de que mulheres com vida sexual ativa – idealmente entre 25 e 59 anos – realizem o exame do Papanicolau anualmente e, caso dois exames seguidos tenham resultado normal, esse intervalo pode ser espaçado para de 3 em 3 anos. 

O Ministério recomenda a realização desse exame para mulheres até os 64 anos de idade. 

👉 Leia também: O que faz um(a) endocrinologista e quais doenças ele(a) trata?

Como ter um diagnóstico seguro

Além do Papanicolau, outros exames podem ser solicitados pelo(a) ginecologista para investigar o colo do útero e ajudar no diagnóstico, como:

  • Exame pélvico.
  • Colposcopia: detecta a existência de possíveis lesões anormais na vagina e no colo do útero.
  • Biópsia: para o procedimento, é retirada uma pequena amostra de tecido da região para a análise em laboratório. É o exame definitivo para confirmação diagnóstica. 

Independentemente de quais exames sejam realizados, o mais importante para essa proteção é o acompanhamento regular com o(a) ginecologista – com as consultas e exames – para que a saúde íntima da mulher seja monitorada ao longo de toda a sua vida.

Quando identificado ainda na fase inicial, o câncer do colo do útero chega a ter quase 100% de chance de cura, percentual que vai se reduzindo à medida que o diagnóstico (e o tratamento) é retardado.

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Neste artigo, você pode conhecer as principais informações a respeito do câncer do colo do útero, com suas medidas de prevenção e diagnóstico.

Como vimos, assim como ocorre com outros tipos de câncer, os cuidados preventivos e o diagnóstico precoce são as medidas mais importantes para aumentar as chances de cura ou sobrevida.

Por isso, não se descuide dos check-ups preventivos e dos exames de rotina.

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