
Na última semana, o Ministério da Saúde deu início à campanha Dezembro Vermelho de conscientização sobre prevenção e tratamento da Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A iniciativa faz parte de um esforço nacional e global estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Neste ano, a companha no Brasil tem como slogan “HIV é sobre viver, conviver e respeitar. Teste e Trate. Previna-se” e, conforme acontece desde 2017 no país, diversas ações educativas serão promovidas pela pasta da Saúde, além da testagem gratuita e da distribuição de preservativos.
A Geap Saúde apoia a causa e oferece aos beneficiários o acesso ao diagnóstico da doença por meio do teste chamado Elisa (Enzyme Linked Immuno Sorbent Assay), utilizado amplamente na detecção de infecções virais, como HIV, sem cobrança de coparticipação, para todos os planos. O dr. Edmur Bernandes, médico da Operadora, explica que a Aids é provocada pelo vírus HIV, um retrovírus que compromete o sistema imunológico, atacando especialmente as células de defesa conhecidas como linfócitos T CD4+. Ao infectar essas células, o HIV altera seu DNA, replica-se e ameaça o sistema imunológico, facilitando a disseminação do vírus pelo organismo.
“Mesmo se a um paciente fizer o teste Elisa, é necessário confirmar depois o resultado com a sorologia. Se a pessoa foi para uma festa e teve uma relação sem proteção, quando ela for ao centro de testagem – como os disponíveis no SUS – e fizer um teste rápido, caso o resultado seja negativo, ela precisa ser testada novamente”, completou a dra. Thais Costa, médica que também compõe o quadro da Geap.
O tratamento com antirretrovirais é a oferta mais comum aos pacientes diagnosticados, independentemente da carga viral ou estágio da infecção. Conhecido como “coquetel”, esses medicamentos impedem o aumento do vírus nas células, o que preserva a imunidade e retarda o quadro sintomático da AIDS.
O HIV é transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada. Além disso, o compartilhamento de seringas, agulhas ou outros objetos perfurocortantes contaminados é uma via comum de transmissão, especialmente entre usuários de drogas injetáveis. O vírus também pode ser passado de mãe para filho durante a gestação, o parto ou a amamentação, caso não sejam adotadas medidas preventivas. A prevenção da doença está associada uso de preservativos, a não reutilização de seringas e a realização de testes periódicos, especialmente em grupos de risco.
De acordo com Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) as operadoras de saúde não podem recusar clientes portadores de doenças preexistentes – como é o caso dos portadores de HIV. No Brasil, estima-se que atualmente um milhão de pessoas hoje são portadores do vírus.
Metas Globais – Com o objetivo de eliminar a Aids, a ONU estabeleceu as seguintes metas globais para os portadores do vírus HIV: diagnosticar 95% deles, garantir que 95% dos contaminados sejam submetidos ao tratamento antirretroviral e alcançar a redução da carga viral em 95% dos que já se encontram em tratamento, tornando assim o HIV intransmissível.
Atualmente, o quadro nacional apresenta índices muito próximos aos das metas citadas anteriormente. Cerca de 96% das pessoas vivendo com HIV estão diagnosticadas, 82% delas recebem tratamento antirretroviral e 95% das pessoas tratadas alcançaram a supressão viral. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil já havia alcançado o cumprimento da meta de carga viral.