A Geap Saúde participou, nesta quarta-feira (24), do 15º Seminário Unidas, que reuniu, em Brasília, representantes das operadoras de autogestão em saúde de todo o país. No evento, o diretor-presidente da Geap, Douglas Figueredo, moderou o painel “Fomento das Autogestões para a Sustentabilidade”, que contou com a participação do diretor-adjunto de Normas e Habilidades das Operadoras na Agência Nacional de Saúde (ANS), Cesar Serra, do Superintendente da Eloá Saúde, Alexandre José da Silva, e da presidente da Fundação Sanepar de Assistência Social Claudia Trindade. Douglas abriu o debate ressaltando características das autogestões e colocando em discussão questões como a competitividade dessas instituições que, ainda que sem finalidade lucrativa, enfrentam a concorrência de gigantes do mercado e elencou pontos importantes a serem abordados no debate. “Somos inclusivos e sustentáveis – é um papel importante que a autogestão cumpre em todo aspecto da saúde suplementar. Mesmo sendo autogestão, precisamos ser inovadores, temos que enfrentar barreiras regulatórias importantes e acompanhar o cenário como um todo”, elencou.
Ele usou o exemplo da Geap, que bateu recordes em 2023 e alcançou resultados históricos, como o maior crescimento da carteira de beneficiário em 25 anos e significativa melhora na qualidade, a partir da análise do contexto geral. “Tudo o que podia ser feito de análise de cenário nós fizemos e arrojamos na estratégia para garantir esse crescimento. Fechamos um planejamento para 2030 com a seguinte visão de futuro: sermos a melhor autogestão em saúde, com o maior crescimento e também buscando as práticas do ASG. Tudo isso com a premissa de um bom planejamento, de uma boa gestão estratégica, e a cada ano perseguiremos este crescimento com indicadores que nos garantam esta visão de futuro”, destacou Douglas.
Alexandre José da Silva, superintendente da Eloá Saúde, parabenizou as conquistas positivas da Geap. “A Geap colocou o case dela aqui e parabéns pelos resultados muito bons, mas essa não é infelizmente uma realidade histórica do nosso segmento”, disse ele ao contextualizar
a realidade dos últimos anos das autogestões, que enfrentam dificuldades para sobreviver no mercado de saúde suplementar.
Já a presidente da Fundação Sanepar, Claudia Trindade, também abordou a análise de cenário como ponto chave para a sustentabilidade da entidade. “A partir de um diagnóstico prévio, no ano de 2017, começamos a fazer uma reinvenção, que vem sendo feita pela Previc, que é o nosso órgão regulador e fiscalizador, mas sempre ouvindo a sociedade civil. Ano passado, o presidente da República instituiu por Decreto um grupo de trabalho, que inclusive eu participo, para estudarmos juntos, a sociedade civil e os organismos de Estado, o futuro da previdência complementar, melhorias que possam ser feitas”, disse.
O diretor-adjunto de Normas e Habilidades das Operadoras na ANS, Cesar Serra, ressaltou a necessidade da revisão da norma atual que rege as autogestões – a resolução normativa 137/2006 – que já possui 18 anos e precisa ser atualizada, com o desafio de se preservar as características que as tornam autogestões, para que estas possam competir com mais igualdade. “É interessante destacar, porém, que, não é somente alterando uma norma que você vai ter sustentabilidade. Na maior parte das vezes, você depende muito mais dos efeitos da gestão da operadora sobre o resultado. A gente está vendo aqui números que estão sendo colocados sobre os resultados dos operadoras que estão sendo alcançados nos últimos anos, prova inconteste de que a gestão é o que mais rapidamente traz os ganhos ou não para a operadora. A regulação tem que tentar não atrapalhar”, detalha.
No encontro, que segue sua programação até está quinta (25), demais representantes da Geap acompanharam as mais de dez palestras e oficinas oferecidas e que abordavam diferentes aspectos em torno do tema central “Autogestões e suas contribuições para a saúde suplementar”. Entre os participantes pela Geap, os diretores de Relacionamento, Assistencial e Financeiro, José Pacheco, Rosana Rocha e Silvia Albernaz, os gerentes de Estratégia e Inovação (Geio), Alex Mansur; de Atendimento (Geat), Antônio Júnior; de Atenção à Saúde (Gesas), Daniela Siaulys, de Suporte Assistencial, Socorro Lago; de Riscos e Controles Internos, Emiliana Brito; o assessor Jurídico, Emilson Lins, além dos gerentes estaduais de Santa Catarina, Pará, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro, Ricardo Costa, Arthur Houat, Jefferson Ferreira, José George e Leandro Goes. Também participaram os gerentes estaduais de Roraima, Simone Santos; de Pernambuco, Caio Mario Mello; e do Amapá, Vinícius Gusmão.
