Cuidado e Prevenção

A importância dos antidepressivos no tratamento da depressão

4 Minutos de Leitura

Existem diferentes abordagens que podem ser usadas no tratamento da depressão, desde psicoterapia, passando pela adoção de novos hábitos (atividades físicas e higiene do sono) e também o uso de medicamentos.

Nos quadros mais severos, costuma ser necessário o uso dos chamados antidepressivos para melhorar a bioquímica cerebral e facilitar a adesão do paciente às outras opções de tratamento.

Apesar de, em muitos casos, essas medicações serem fundamentais para o reequilíbrio do paciente, o seu uso precisa ser feito com muito critério e cuidado, devido aos possíveis efeitos colaterais.

Neste artigo você vai conhecer a importância dos antidepressivos no tratamento da depressão e quais os cuidados necessários para o uso consciente.

Como a depressão age no nosso cérebro?

O cérebro de um paciente com depressão sofre algumas alterações bioquímicas que estimulam a formulação de pensamentos negativos, além de roubarem o ânimo e a energia da pessoa, fazendo com que ela não consiga executar tarefas diárias simples. 

É importante lembrar que isso é completamente diferente do tipo de desânimo e tristeza que todos temos eventualmente, que geralmente possuem um motivo definido e que passam após pouco tempo.

Além disso, mesmo estando tristes, ainda conseguimos nos levantar da cama, ir trabalhar e pensar positivamente. 

Com um paciente em depressão, esse mecanismo fica limitado, não se tratando de falta de vontade, mas alterações em áreas específicas do cérebro, ligadas ao humor, prazer, bem-estar, sono, aprendizado e memória. 

Todos temos neurotransmissores responsáveis por fazer a comunicação entre nossos neurônios. Na depressão, a produção desses “comunicadores” fica diminuída, às vezes quase nula. 

Dessa forma, além da incapacidade de sentir alegria, toda a energia para efetuar tarefas simples também vai embora. 

Logo abaixo você vai conhecer como os antidepressivos agem para corrigir essas alterações.

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Os antidepressivos no tratamento da depressão

1. O que são (e como agem) os antidepressivos? 

Como vimos acima, a depressão provoca um desequilíbrio bioquímico no cérebro, nas substâncias relacionadas, entre outras coisas, ao prazer e à disposição.

Os antidepressivos são medicamentos que atuam no sistema nervoso, com o objetivo de normalizar a quantidade e a ação desses neurotransmissores cerebrais, para que o paciente volte a ter satisfação e ânimo em seu dia a dia, o que acaba se refletindo sobre todos os aspectos de sua vida. 

Além disso, essas medicações podem ter outras ações associadas, de acordo com as necessidades de cada paciente, como ansiolíticos (combate à ansiedade), antipsicóticos (controle de transtornos mentais) ou mesmo para induzir o sono.

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2. Quanto tempo dura o tratamento? 

O período necessário de tratamento vai depender de diversos fatores, como:

  • A gravidade do quadro apresentado pelo paciente.
  • A adesão do paciente ao uso correto do medicamento.
  • A prescrição correta da medicação.
  • A associação ou não de outras medidas, como a psicoterapia.

Porém, em muitos casos, é necessário de 2 a 4 semanas para que os antidepressivos no tratamento da depressão comecem a ser efetivos. E o uso é prolongado, sendo usados normalmente por no mínimo 6 meses

No entanto, não há um tempo padrão para a duração do tratamento. Pois, cada organismo pode reagir de modo diferente à medicação. 

Além disso, também é preciso levar em conta o efeito da terapia, que também terá resultados distintos para cada paciente.  

3. Todo paciente com depressão precisa tomar antidepressivos?

No tratamento da depressão, os antidepressivos são indicados, principalmente, em casos moderados ou graves. No entanto, apenas o psiquiatra pode indicar se há necessidade do uso de medicamentos ou não.

Há casos que podem, sim, serem resolvidos apenas com terapia e o acompanhamento do psicólogo.

Em geral, nos casos moderados a graves, os tratamentos que costumam ter os melhores resultados são aqueles que combinam psicoterapia com o uso dos antidepressivos, já que um reforça a ação do outro.

E as opções consideradas menos efetivas são as feitas exclusivamente com uso de medicamentos, devido ao risco de dependência dessas substâncias. Com a participação do(a) psicólogo(a), o paciente terá mais condições de se organizar emocionalmente e desenvolver mecanismos que o protejam de novos quadros depressivos.

Psicólogo(a), psiquiatra e neurologista: um trabalho conjunto!

Para pessoas que estejam apresentando sinais de um quadro depressivo, o primeiro passo deve ser buscar a avaliação de um(a) psicólogo(a). Esse(a) profissional fará uma primeira abordagem, a fim de avaliar as alterações emocionais apresentadas e estabelecer o diagnóstico ou não de depressão.

A partir dessa avaliação, caso se trate de um quadro depressivo leve ou inicial, pode-se optar pelo tratamento exclusivamente com psicoterapia.

Já nos quadros mais graves, que não respondem bem à abordagem somente psicológica, o paciente pode ser encaminhado para a avaliação médica, com psiquiatra ou neurologista, para que seja avaliada a necessidade do uso de medicamentos antidepressivos.

Porém, independentemente do uso ou não de medicação, o acompanhamento psicológico é fundamental para a recuperação do paciente. 

Por isso, caso você (ou alguém próximo) esteja apresentando sintomas de depressão, é fundamental procurar ajuda profissional o quanto antes; inicialmente com psicólogo(a), e se for o caso, também com psiquiatra.

É possível encontrar suporte pelo sistema de saúde privado ou mesmo de forma gratuita, por meio dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).

Ou, ainda, caso perceba alguém em risco de autoextermínio, ofereça o contato de um dos postos de atendimento do Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo número 188.


Promover a assistência à saúde aos seus beneficiários, por meio de uma gestão sustentável, ética, inovadora e transparente é a missão da Geap Autogestão em Saúde!

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