Cuidado e Prevenção

Cuidados de saúde para crianças com síndrome de down

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Cuidados de saúde para crianças com Síndrome de Down

De acordo com os dados do último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), realizado em 2010, existem cerca de 300 mil pessoas com Síndrome de Down no Brasil.

Essa pesquisa sugere, ainda, que a cada 1.000 nascimentos, pelo menos uma criança nasce com essa condição.

Diante de um número tão elevado, e que apresenta uma tendência crescente, precisamos pensar nos cuidados de saúde para crianças com Síndrome de Down, além de reforçar a importância de uma educação inclusiva de verdade.

Saiba mais a seguir!

O que é Síndrome de Down

Em primeiro lugar, precisamos destacar que a Síndrome de Down não é uma doença, como muitas pessoas acham. Na verdade, trata-se de uma alteração genética, que acontece durante a gestação, após uma falha na divisão celular.

Todos nós temos 46 cromossomos que se dividem em 23 pares. Metade dos cromossomos são herdados da mãe, e a outra metade é herdada do pai da criança.

Por uma questão genética, de causa ainda não identificada, algumas crianças nascem com um cromossomo a mais no par 21 e ficam com 47 cromossomos em sua composição celular, em vez de 46. 

Por isso, a Síndrome de Down também é chamada de trissomia do cromossomo 21. Essa trissomia é replicada em todas as células, fazendo com que a síndrome se estabeleça e provoque alterações físicas e mentais, como:

  • Olhos, nariz, orelhas e mãos menores que a maioria;
  • Olhos amendoados ou oblíquos;
  • Nariz e parte de trás da cabeça achatados;

  • Céu da boca mais encurvado, com menos dentes da boca. Em alguns casos, a língua fica para fora da boca;
  • Baixa estatura;
  • Musculatura pouco rígida.

Quer conhecer as doenças mais comuns entre os brasileiros? Então confira as condições que listamos neste artigo do Blog!

Cuidados médicos para crianças com Síndrome de Down

As crianças que nascem com Síndrome de Down estão mais suscetíveis a problemas de saúde diversos, como doenças oculares, problemas de audição, excesso de peso, hérnias umbilicais, infecções, insuficiência cardíaca e renal.

A dificuldade de locomoção também está presente devido à fragilidade das articulações e do tecido muscular.

Mesmo com chances menores de ocorrer, outras patologias podem aparecer dependendo do grau da síndrome. Dentre elas, podemos citar as doenças do aparelho digestivo, problemas circulatórios e disfunções endócrinas.

Devido a essas circunstâncias, é importante que a família siga uma rotina regular de acompanhamento médico com especialistas, para garantir uma vida de qualidade à criança com Down.

Nesse sentido, são recomendados os seguintes acompanhamentos:

  • Fonoaudiólogo(a): para acompanhar e desenvolvimento dos aspectos relacionados à fala e à comunicação;
  • Nutricionista: para orientações sobre alimentação saudável, manutenção do peso e nutrientes importantes para prevenir doenças comuns para crianças com essa condição;
  • Pedagogo(a): para facilitar o processo de aprendizagem;
  • Psicólogo(a): para ajudar a lidar com as emoções e com as possíveis dificuldades relacionadas à inserção social;
  • Neurologista: para monitorar o desenvolvimento das funções cerebrais e cognitivas;
  • Fisioterapeuta: para atuar na melhora da mobilidade e orientar quanto à prática de atividades físicas.

Além disso, é fundamental que a criança com Síndrome de Down seja incentivada a exercer seus papéis sociais como qualquer outra criança, dentro de suas possibilidades e respeitando suas limitações.

Essa é a melhor forma de garantir que, no futuro, essa criança se mostre inserida socialmente, tanto para estudar, trabalhar, interagir, se relacionar, praticar esportes, com o máximo de aproveitamento possível de seu potencial.

  • Psicólogo(a): para ajudar a lidar com as emoções e com as possíveis dificuldades relacionadas à inserção social;
  • Neurologista: para monitorar o desenvolvimento das funções cerebrais e cognitivas;
  • Fisioterapeuta: para atuar na melhora da mobilidade e orientar quanto à prática de atividades físicas.

Além disso, é fundamental que a criança com Síndrome de Down seja incentivada a exercer seus papéis sociais como qualquer outra criança, dentro de suas possibilidades e respeitando suas limitações.

Essa é a melhor forma de garantir que, no futuro, essa criança se mostre inserida socialmente, tanto para estudar, trabalhar, interagir, se relacionar, praticar esportes, com o máximo de aproveitamento possível de seu potencial.

Outra condição que afeta as crianças com muita frequência é o déficit de atenção. Saiba mais sobre esse tema neste outro artigo!

A jornada do aluno com Síndrome de Down

Além de modificar a aparência física e a estrutura genética do indivíduo, a Síndrome de Down também altera a formação do cérebro, causando deficiência intelectual e problemas de aprendizagem

Essas características exigem uma sala de aula que atue de forma inclusiva, com técnicas diferenciadas de aprendizagem, de acordo com as particularidades e necessidades de cada criança ou adolescente.

Para facilitar a comunicação, é importante que sejam usadas frases mais simples e de fácil compreensão, bem como dar ao aluno(a) o tempo necessário para que ele(a) expresse as suas dúvidas e opiniões, uma vez que é comum, nessa condição, que essas crianças e adolescentes falem mais devagar que os outros alunos.

Mas, obviamente, o ensino inclusivo vai muito além disso. E não existe uma fórmula que traga resultados precisos e iguais para todos. A Síndrome de Down afeta o indivíduo em vários níveis diferentes. 

O que pode ser facilmente compreendido por um(a) aluno, pode não ser tão simples para o(a) outro(a), ainda que eles compartilhem da mesma condição. Portanto, devem ser pensadas estratégias para acolher esses alunos de maneira integrada e, ao mesmo tempo, de forma individualizada.

Além disso, quebrar o preconceito e os mitos que se estabelecem em relação à síndrome também é uma necessidade. Só com conhecimento, apoio e envolvimento de toda a sociedade conseguiremos oferecer uma vida melhor para essas pessoas.

Por fim, destacamos que os cuidados de saúde para crianças com Síndrome de Down se estendem também a adolescentes e adultos que compartilham da mesma condição.

Com o acompanhamento e estímulos adequados, é possível ter uma vida mais feliz, saudável e independente em todos os aspectos. 


Promover a assistência à saúde aos seus beneficiários, por meio de uma gestão sustentável, ética, inovadora e transparente é a missão da GEAP Saúde – Fundação de Assistência ao Servidor Público!

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