De acordo com o Ministério da Saúde (MS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem mais de 4 milhões de pessoas com a doença de Parkinson em todo o mundo. No Brasil, o número é de aproximadamente 200 mil.
Ainda segundo os órgãos acima, a estimativa é de que o número total de pessoas com a doença dobre até o ano de 2040, devido ao aumento da expectativa de vida da população.
A seguir, vamos conhecer como o Mal de Parkinson se manifesta e como tratar corretamente a doença.
Acompanhe!
O que é a doença de Parkinson?
Também conhecida como mal de Parkinson, trata-se de uma doença neurológica degenerativa, que afeta principalmente os movimentos corporais, provocando tremores, episódios de rigidez muscular, redução do equilíbrio, lentidão de movimentos, afetando diversas funções importantes, como a fala e a escrita.
A razão dessas alterações está na redução da dopamina – substância que faz a transmissão das correntes nervosas cerebrais – devido ao comprometimento das células que a produzem.Confira, na imagem abaixo, um exame de ressonância magnética que mostra uma atividade cerebral saudável (esquerda) e em um cérebro com parkinson (direita). Perceba que, quanto mais avermelhadas as áreas, maior é o funcionamento cerebral.
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Apesar de ser uma doença conhecida pela medicina há mais de 200 anos, ainda não há uma explicação definitiva quanto ao que provoca a degeneração das células produtoras de dopamina, que ficam situadas numa região do cérebro conhecida como substância negra.
Inclusive possíveis causas genéticas são uma pequena parcela, representando apenas cerca de 5% dos episódios da doença. A grande maioria dos casos se trata de casos espontâneos.
Um dado interessante é que a doença é mais comum em homens do que em mulheres.
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Quais os sinais mais comuns do mal de Parkinson
Como vimos acima, a doença de Parkinson causa vários sinais e sintomas, como:
Tremor
O tremor é o sintoma mais visível da doença de Parkinson, resultado do descontrole motor provocado pela redução da transmissão dos impulsos nervosos que a doença causa.Ainda assim, esses movimentos involuntários não ocorrem em todas as pessoas, da mesma forma nem na mesma intensidade, sendo comum aumentarem em momentos de crise.
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Rigidez muscular e desequilíbrio
Um segundo sintoma comum da doença é que os músculos se tornam mais rígidos e, juntamente com os movimentos involuntários, faz com que os pacientes apresentem grande dificuldade para as tarefas do dia a dia.
Esse comprometimento afeta inicialmente a coordenação motora fina (escrever ou colocar a chave na fechadura) e, posteriormente, a coordenação motora grossa (andar, levantar e sentar), inclusive aumentando o risco de quedas.
Prisão de ventre
Sintoma entre os menos falados, mas que traz enormes transtornos à rotina de idosos, a prisão de ventre também faz parte do conjunto de sinais apresentados no quadro de Parkinson.
Inclusive, estudos feitos em roedores sugerem que as proteínas que destroem a dopamina, levando ao Parkinson, se acumulam primeiro no intestino, antes de agirem no cérebro.
Depressão
A queda de dopamina causa um desequilíbrio da bioquímica cerebral, afetando outras substâncias, como a serotonina, que está relacionada à sensação de bem-estar.
Com isso, nervosismo, alterações de humor, depressão e irritação se tornam muito comuns.
Mudança na escrita
Como dito acima, um dos primeiros aspectos afetados pelo Parkinson é a coordenação motora fina, ou seja, os movimentos mais delicados, como a habilidade de escrever.
Com o tempo, o indivíduo costuma passar a escrever letras menores e agrupadas, diferentemente de como fazia antes.
Sono irregular
Dificuldade para dormir ou movimentos bruscos durante o sono também estão entre os sinais da chegada da doença de Parkinson.
Mas vale lembrar que isso é um sinal importante caso represente uma mudança no padrão normal que o paciente costumava apresentar.
Dificuldade para caminhar
Sintoma que se inicia com uma redução do equilíbrio em pé, dificuldade para sentar e levantar com segurança, especialmente em momentos de crise mais intensa.
Alguns pacientes relatam sentir como se os pés estivessem presos ao chão, dificultando o ato de caminhar.
Além desses, podemos citar sinais e sintomas, como:
- Voz mais baixa.
- Postura curvada.
- Desmaios e tonturas frequentes.
- Expressão séria e rígida mesmo estando alegre e feliz.
- Dificuldade em sentir cheiros.
Como a condição se desenvolve
O Mal de Parkinson é considerado uma doença progressiva e crônica. Isso quer dizer que ela evolui com o passar do tempo. Alguns sinais, inclusive, só são perceptíveis quando estão mais intensos.
Como vimos, aos poucos o cérebro vai perdendo as suas células, chamadas de neurônios, responsáveis pela produção de dopamina. Esse evento acontece na chamada substância negra, uma região profunda do cérebro humano.
A dopamina provoca a sensação de prazer e satisfação e também é ela que participa do controle dos movimentos corporais.
Com a morte dessas células, o cérebro não consegue mais regular os movimentos do corpo humano. Por isso, os tremores involuntários são muito comuns e costumam se intensificar com o avançar da idade e, consequentemente, da doença.
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O Mal de Parkinson é considerado uma doença progressiva e crônica. Isso quer dizer que ela evolui com o passar do tempo. Alguns sinais, inclusive, só são perceptíveis quando estão mais intensos.
Como vimos, aos poucos o cérebro vai perdendo as suas células, chamadas de neurônios, responsáveis pela produção de dopamina. Esse evento acontece na chamada substância negra, uma região profunda do cérebro humano.
A dopamina provoca a sensação de prazer e satisfação e também é ela que participa do controle dos movimentos corporais.
Com a morte dessas células, o cérebro não consegue mais regular os movimentos do corpo humano. Por isso, os tremores involuntários são muito comuns e costumam se intensificar com o avançar da idade e, consequentemente, da doença.
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Quais os principais tratamentos
O Mal de Parkinson não tem cura, mas existem alguns tratamentos que podem ser realizados em conjunto para garantir mais qualidade de vida ao paciente:
Medicamentos
O tratamento do Parkinson envolve o uso de medicamentos, sendo o principal deles a levodopa; uma substância que, quando no cérebro, tem o poder de se converter em dopamina.
Além dessa, outras medicações costumam ser utilizadas para tratar os efeitos secundários da doença, como as alterações de humor, insônia, agitação e depressão.
Lembrando que somente profissionais habilitados (geralmente neurologistas e geriatras) podem diagnosticar, indicar tratamento e prescrever medicamentos para a doença.
Procedimento cirúrgico
Quando os medicamentos não estão surtindo o efeito desejado ou os efeitos colaterais contraindicam o uso, o médico assistente (geralmente neurologista ou neurocirurgião) pode indicar a realização de procedimentos cirúrgicos, sendo os principais:
- Palidotomia – cirurgia mais atual e pouco invasiva, que age sobre a região do cérebro que controla os movimentos corporais.
- Terapia de estimulação cerebral profunda (ECP) – tratamento neurocirúrgico, com uso de eletrodos para estimular a ação cerebral.
Fisioterapia
A fisioterapia e a prática de atividades físicas de baixo impacto também são opções essenciais para atenuar os sintomas da doença de Parkinson, como o desequilíbrio e perda de coordenação.
Acompanhamento multidisciplinar
O neurologista é o principal responsável pelo diagnóstico e acompanhamento do paciente com doença de Parkinson. Além disso, a ação de outros profissionais é igualmente importante, uma vez que a doença afeta o organismo por completo.
Por isso, também devem fazer parte da rotina do paciente as consultas com fonoaudiólogo, nutricionista, educador físico, psicólogo e neurocirurgião, de acordo com a indicação do médico assistente.
A doença Parkinson é uma doença que afeta sobremaneira a qualidade de vida do indivíduo. Contudo, com o diagnóstico precoce e o acompanhamento médico adequado, é possível retardar a evolução da doença e oferecer mais qualidade de vida e independência ao paciente.
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