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A importância dos exercícios físicos no combate à depressão

4 Minutos de Leitura
A importância dos exercícios físicos no combate à depressão

O Setembro Amarelo naturalmente nos faz refletir, como sociedade, sobre o valor da vida e quanto à atenção que dedicamos às pessoas à nossa volta. 

As doenças psicológicas – especialmente a depressão – são as principais causas de suicídio e acabam alterando a percepção das pessoas em relação à realidade, deixando-as desesperançosas e com uma visão extremamente pessimista sobre o futuro.

É uma batalha difícil que, para ser vencida, requer empatia e solidariedade da rede de apoio, além de acompanhamento profissional. 

No entanto, um novo aliado tem se mostrado cada vez mais importante no combate à depressão: os exercícios físicos. 

No artigo de hoje você vai conhecer a relação entre atividades físicas e a melhora do humor, e como tirar proveito disso.

Acompanhe!

Como os exercícios físicos ajudam nosso corpo?

Que os exercícios físicos promovem bem-estar físico, não é novidade para ninguém. No entanto, novos estudos vêm demonstrando impactos positivos também na saúde mental. E os resultados têm sido promissores. 

Um estudo conduzido por 11 anos, pelo Instituto Black Dog nos Estados Unidos, com cerca de 34 mil adultos, concluiu que o sedentarismo é um dos responsáveis por agravar problemas psicológicos. Segundo essa análise, a falta de atividades físicas foi relacionada a um risco 44% maior de depressão

No Brasil, uma pesquisa realizada com pacientes com depressão severa, internados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, mostrou que os tratamentos que combinavam o uso de medicamentos e atividades físicas proporcionavam resultados melhores.

Uma das explicações para a  importância do trabalho físico no combate à depressão está na ação da endorfina. Conhecida como “o hormônio do prazer”, é liberada em maior quantidade quando nos exercitamos

Além disso, os estudos também indicam que o esforço físico estimula o crescimento de células nervosas numa região do cérebro chamada de hipocampo, responsável pela memória e pelo humor. 

Ou seja, a prática regular de exercícios estimula as regiões do cérebro que são mais afetadas pela depressão.

No entanto, para um efeito mais duradouro, essa prática deve ser feita de forma regular e em quantidades adequadas.

A recomendação mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 150 a 300 minutos de atividades moderadas e de 75 a 150 minutos de atividades físicas intensas por semana.

Conheça os sintomas e como combater o colesterol alto!

Além disso, a prática regular de exercícios também fornece outros benefícios para a saúde mental e psicológica, como:

  • Estímulo à socialização, reduzindo o isolamento.
  • Aumento da autoestima.
  • Melhora da saúde física geral, prevenindo doenças (fatores de piora psicológica).

Confira neste artigo a origem do Setembro Amarelo e por que essa data é tão importante!

Atividades físicas que podem ajudar no combate à depressão

Apesar dos recentes estudos mostrarem a importância dos exercícios físicos no combate à depressão, a falta de motivação é um dos principais sintomas dessa condição, o que pode dificultar a adesão do paciente.

Por isso, o suporte e o incentivo de amigos ou familiares é essencial.

Uma forma de ajudar a pessoa a iniciar é sugerindo atividades mais leves, como uma simples caminhada ao ar livre. Acompanhar a pessoa com depressão nesses momentos é importante pois, além de servir de incentivo, ainda reduz o sentimento de solidão e promove a sociabilização. 

No entanto, é importante lembrar que, inicialmente, o objetivo dos exercícios é auxiliar no tratamento, não sendo necessário estabelecer metas rígidas ou criar grandes expectativas.

Outras opções de atividades podem ser:

  • Esportes coletivos – Atividades como vôlei, futebol, basquete, trilha e pedal, pois estimulam a socialização, geram sensação de pertencimento e reduzem o isolamento.
  • Musculação e treinos de força – As mudanças físicas que essas atividades promovem (como o ganho de massa muscular) podem favorecer a autoestima e a autoimagem. Além disso, um estudo mostrou que exercícios com peso melhoram os sintomas de quem já está num quadro depressivo e reduz as chances de se desenvolver a doença.
  • Dança – Além da própria ação benéfica da música sobre o humor, a dança também tem o poder de promover interação e socialização.

São muitas opções, mas é importante lembrar que o melhor exercício é aquele que traz prazer e satisfação. Portanto, é fundamental que o paciente encontre uma atividade com a qual se sinta melhor.

Isso, inclusive, aumenta a adesão e reduz as chances de que ele venha a se desanimar ou desistir da prática, o que é muito comum em pessoas com quadro depressivo.

Conheça, neste artigo, as melhores formas de ajudar uma pessoa com depressão!

Como combater a depressão? 

A depressão, como outras patologias precisam do auxílio do paciente para combater e curar os sintomas da depressão. 

O paciente cumpre uma parte significativa no tratamento com mudanças de hábitos, atividades, programas fora de casa e entre outras atividades. Além disso, o psicólogo tem o objetivo de auxiliar o paciente a compreender a sua parte no tratamento, para que o objetivo seja alcançado no final. 

Sendo assim, como combater a depressão com atividades? Vamos algumas dicas: 

  1. Sair com os amigos;
  2. Exercitar a gratidão;
  3. Encontrar grupos de apoio;
  4. Exercícios físicos; 
  5. Fazer cursos; 
  6. Aproximar-se da natureza; 
  7. Meditar.

Depressão: busque ajuda profissional!

Por mais que os exercícios físicos, no combate à depressão, tenham cada vez mais evidências científicas, o acompanhamento especializado ainda é indispensável. 

A depressão é uma doença e, como tal, necessita de terapia e, em alguns casos, do uso de medicamentos. As atividades físicas são um excelente complemento a isso, otimizando os resultados e acelerando a recuperação do paciente.

Portanto, se você (ou alguém próximo) tem tido sintomas sugestivos de depressão, o mais indicado é procurar inicialmente a avaliação de um psicólogo, que poderá diagnosticar o problema e, se for o caso, encaminhar para acompanhamento médico.

Junte-se à campanha de prevenção do suicídio do Setembro Amarelo, compartilhando essas informações com quem precisa! Ajude a espalhar essa corrente de autocuidado. 

Guia da Saúde Mental

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