Reconhecer os sinais do Alzheimer, quando a doença ainda está no início, é fundamental para que seja possível atrasar o seu avanço e reduzir os impactos na qualidade de vida do paciente.
No entanto, os sintomas iniciais podem ser facilmente confundidos com indicativos da velhice, o que dificulta o diagnóstico precoce.
Portanto, estar atendo e saber diferenciar o que pode ser considerado normal e o que é indício da doença é essencial.
Neste artigo, listamos os principais sinais do Alzheimer e quais cuidados são mais importantes para os pacientes com essa condição.
Acompanhe!
O que é o Alzheimer?
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa evolutiva, ou seja, que vai avançando aos poucos, comprometendo as funções do cérebro ligadas à memória, pensamento abstrato, habilidade de falar, dentre outras.
Isso acontece por conta de uma falha metabólica no processamento das proteínas, que em vez de serem totalmente eliminadas, deixam rastros tóxicos que afetam os neurônios, impedindo-os de funcionar da maneira correta.
Geralmente, a progressão do Alzheimer leva cerca de 8 a 12 anos e, até o momento, a Ciência não oferece cura, o que pode fazer com que a doença evolua para demência.
Não é uma enfermidade hereditária, mas há casos raros que podem passar de geração em geração, criando assim, a necessidade de um acompanhamento médico mais precoce para quem possui esse tipo de acometimento familiar.
Segundo estudo feito em conjunto por pesquisadores das universidades Federal de Pelotas (UFPel), Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e de Queensland, na Austrália, a expectativa é de que os casos de Alzheimer na população brasileira podem quadruplicar até 2050.
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Os sinais iniciais do quadro de Alzheimer
Os sinais do Alzheimer geralmente surgem após os 70 anos, mas também há casos – mais raros – de aparecimento precoce, que atingem adultos já a partir dos 30 anos.
Na fase inicial, os principais sintomas da doença são:
- Dificuldade em lembrar de episódios recentes;
- Desorientação referente ao dia da semana, o ano a estação;
- Problemas para encontrar o caminho de casa;
- Confundir-se em tarefas que antes eram simples, como o que comprar no supermercado;
- Repetir a mesma informação ou fazer perguntas repetidamente;
- Perda de interesse na realização de atividades de lazer ou tarefas diárias;
- Comportamento mais agressivo ou ansioso;
- Alterações frequentes e repentinas de humor.
Uma forte característica dessa fase é que o paciente se recorda de lembranças muito antigas, mas, não se lembra de eventos mais recentes, o que pode passar despercebido pelos familiares.
Caso a doença não seja diagnosticada e tratada em seu estágio inicial, pode rapidamente evoluir para sintomas das fases moderada a grave. São eles:
- Confusão na hora de realizar atividades cotidianas como limpar a casa ou cozinhar. O paciente pode pegar utensílios errados ou esquecer panelas no fogo, por exemplo;
- A falta de higiene pessoal acaba se tornando aparente, seja por esquecimento ou incapacidade de se limpar sozinho;
- Desorientação de espaço, mesmo em locais como a própria casa. O paciente pode passar a confundir os cômodos e até fazer as necessidades no lugar errado.
- Alucinações e desconfiança excessiva;
- Alterações no sono, como insônia ou alteração do ciclo sono-vigília;
- Passa a apresentar dificuldades tanto para ler como para escrever.
Nessa fase, a família já percebe que a pessoa não consegue ficar mais sozinha e necessita de cuidados.
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Principais fatores de risco
O principal fator de risco para o surgimento do Alzheimer é mesmo a idade. Mas descobertas científicas têm associado outras condições a uma maior probabilidade de ocorrência ou evolução do Alzheimer, como:
- Hipertensão;
- Diabetes tipo 1 ou 2;
- Alcoolismo;
- Obesidade;
- Tabagismo;
- Sedentarismo;
- Histórico familiar de Alzheimer.
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O sexo feminino também possui um risco maior de desenvolver Alzheimer, mas as razões ainda não estão muito claras para a medicina. O que os médicos teorizam é que a maior estimativa de vida e a perda de estrogênio na menopausa contribuam para o surgimento da doença.
Quando procurar um médico?
Como mencionado, quanto mais cedo os sinais do Alzheimer foram percebidos pela família e diagnosticado por um médico, maiores são as chances de conseguir retardar a doença.
Portanto, se há indícios de perda de memória recente e se o paciente começa a demonstrar dificuldades para realizar tarefas rotineiras, é hora de buscar ajuda médica, de preferência com um(a) neurologista ou geriatra, especialistas de referência para quadros de Alzheimer.
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