São dúvidas comuns ao público feminino a respeito de endometriose e câncer de colo do útero as causas, os sintomas, o diagnóstico e o tratamento das doenças. Para manter as mulheres bem-informadas a respeito da prevenção e do diagnóstico e tratamento precoces, a Geap aborda essas temáticas na campanha deste mês, com o respaldo do calendário do Ministério da Saúde.
Endometriose: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
As causas da endometriose ainda não são plenamente conhecidas, mas alguns fatores de risco já foram identificados. Os mais prevalentes são:
- Histórico familiar de endometriose;
- Nuliparidade (nunca ter tido filhos);
- Menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos);
- Ciclo menstrual curto, menor que 27 dias;
- Gestação tardia;
- Fluxo menstrual intenso; e
- Anomalias do aparelho reprodutor, como defeitos de Müller.
Em geral, os sinais e sintomas mais comuns da doença são:
- Dor intensa, em forma de cólica, durante o período menstrual, que pode incapacitar as mulheres de exercerem suas atividades habituais;
- Dor durante a relação sexual;
- Dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação;
- Dificuldade de engravidar – a infertilidade está presente em cerca de 40% das mulheres com endometriose;
- Menstruação volumosa;
- Dor pélvica frequente;
- Dor abdominal ou dor nas costas;
- Dor ao defecar e ao urinar;
- Ciclos alternados de diarréia e constipação intestinal;
- Inchaço, náusea e vômito;
- Dor inguinal (na região da virilha);
- Dor durante exercício físico; e
- Cansaço crônico.
O diagnóstico da endometriose pode acontecer mediante suspeita clínica. O médico solicitará os exames complementares pertinentes para confirmação diagnóstica e estadiamento clínico da endometriose.
A doença é crônica e pode regredir espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos e do fim das menstruações. Caso seja diagnosticada, no caso de mulheres mais jovens, o tratamento vai depender do tamanho das lesões e do local delas.
Uma das alternativas de tratamento é a utilização de medicamentos que suspendem a menstruação. Em casos mais graves, com a doença muito extensa, ou seja, afetando vários órgãos, a retirada é quase sempre cirúrgica. Já quando a mulher possui prole estabelecida, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento também.
Câncer de colo do útero: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
O câncer do colo uterino é uma doença que se desenvolve lentamente. Inicialmente, pode não apresentar sintomas, por isso o exame preventivo citopatológico, o Papanicolau, é de suma importância para o diagnóstico precoce e tem indicação de realização anual.
Nos casos mais avançados, os sintomas podem evoluir para:
- Sangramento vaginal intermitente (que vai e volta);
- Sangramento vaginal após a relação sexual;
- Secreção vaginal anormal;
- Dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.;
- Dor abdominal ou dor nas costas.
O diagnóstico é realizado inicialmente através do exame pélvico, da histórica clínica e pelo exame Papanicolau. Como são procedimentos preventivos, toda mulher deve realizar periodicamente. Nos casos de achados anormais, devem ser realizadas a colposcopia e a biópsia para confirmação do diagnóstico.
O tratamento do câncer de colo uterino vai depender do estágio em que se encontra a doença, do tamanho do tumor e de fatores pessoais. Com a avaliação médica, poderá ser indicada a cirurgia, a quimioterapia e/ou a radioterapia. Diagnósticos precoces têm mais chances de tratamento eficazes, além da cura.
A melhor forma de prevenir qualquer doença, primeiramente, é manter bons hábitos de vida, ou seja, alimentação saudável, prática de atividades físicas, evitar o tabagismo, entre outros. Além disso, mais especificamente para a prevenção do câncer de colo de útero, é possível destacar:
- Usar preservativo durante a relação sexual;
- Vacinar contra o HPV antes de iniciar a vida sexual. A vacina é disponibilizada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) para:
- Meninas de 9 a 14 anos de idade;
- Meninas de 15 anos que já tenham tomado uma dose;
- Meninos de 11 a 14 anos de idade;
- Indivíduos de 9 a 26 anos de ambos os sexos nas seguintes condições: convivendo com HIV/Aids; pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia; transplantados de órgãos sólidos ou de medula óssea.
- Realizar consultas ginecológicas anualmente;
- Realizar periodicamente o exame Papanicolau;
- Cuidar da higiene íntima.
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