Nesta sexta-feira (17), a Geap realizou o primeiro dia do encontro que reúne todos os gestores e membros dos conselhos de Administração (Conad) e Fiscal (Confis) da autogestão para traçar o Planejamento Estratégico para o período de 2024 a 2030.
O evento contou com a presença de conceituados analistas de cenário nas áreas de economia, política, ESG e tecnologia para ajudar na perspectiva e na definição da linha estratégica da gestão para os próximos seis anos.
A abertura foi conduzida pelo diretor-presidente da Geap, Douglas Figueredo, que ressaltou a importância de manter o olhar voltado para o futuro. “Faremos hoje uma avaliação de cenário, um momento em que devemos voltar todos os nossos olhares para os próximos seis, 10 anos e as próximas décadas. Devemos criar uma base para pensar em como a saúde suplementar deverá se comportar em 2030. Empresas já traçam cenários desafiadores para seus mercados. Vamos manter nosso compromisso com excelência, antecipando cenários e com foco na inovação e na melhor entrega ao beneficiário”, explicou.
Participaram ainda as presidentes do Conad, Marilene Ferrari; e Confis, Crícia Rodrigues. “É um prazer estar aqui com vocês e conseguir participar neste momento decisivo. Toda entidade, todo órgão público, tem que fazer o seu planejamento, tem que saber o seu horizonte de futuro e, além disso, saber qual é o método para alcançar, por isso, é de extrema importância esse momento para a Geap”, observou Marilene. Para Crícia, o encontro é “uma oportunidade de nos reunirmos e pensarmos juntos o futuro da Geap”.
Demais membros dos Conselhos – Fábio Almeida, Márcio Freitas, Renata Magioli, Márcia Schultz, Leonardo do Campo; Djalter Rodrigues – também estiveram presentes, além do presidente da Postal Saúde, Cristiano Sayão, que reforçou sobre os ganhos da proximidade entre as autogestões.
Cenário político – O primeiro convidado do dia, o secretário executivo de Relações Institucionais da Presidência da República, Olavo Noleto, ao traçar o cenário político, ressaltou a importância da Geap para o mercado da saúde suplementar na gestão pública, e complementou afirmando que a atuação da operadora deve estar em linha com as expectativas da população para a saúde suplementar e para o país.
“Planejar a atenção em saúde é pensar de forma plural e sustentável. É também pensar no Brasil que queremos para 2030. Um Brasil com pleno emprego, mais renda, mais inclusão, e também com um serviço em saúde ainda melhor. Devemos criar esses pilares, com estratégia e com ações concretas de fortalecimento das instituições, manutenção da democracia, da diversidade e do foco no ser humano”, explicou.
Cenário Geopolítico internacional – O premiado jornalista e apresentador Fábio Pannunzio, que já havia participado do planejamento da Geap para o período 2019-2023, retorna para falar de cenário internacional. Pannunzio citou aspectos mundiais a serem considerados, como a segurança dos processos democráticos, a situação global da saúde, principalmente em um mundo pós-pandemia, mudanças climáticas, além da possibilidade de um colapso climático, que altera a forma como o ser humano se relaciona com o planeta.
“São situações às vezes pessimistas, mas o setor de saúde precisa estar pronto para lidar com estas questões em um breve espaço de tempo e ser flexível para as mudanças que ocorrem na sociedade em tão pouco tempo”, ressalta.
Cenário econômico – A jornalista política e econômica da Globonews, Julia Duailibi, falou dos rumos que a economia nacional deve tomar nos próximos anos, com base nas decisões e nos cenários atuais. A analista falou sobre quadros possíveis no futuro dependendo das decisões políticas atuais, como o novo arcabouço fiscal e a política de juros, mas ressalta que a expectativa é favorável, embora de crescimento ainda não seja muito expressivo .
“Em 2024: a meta de déficit zero é positiva e a política monetária se apresenta com expectativa de juros menores. Temos a nosso favor pontos positivos, como os juros caindo, mercado de trabalho aquecido, setor agropecuário, políticas sociais, inflação menor. E a saúde suplementar deve estar atenta a estes movimentos, para chegar até este público, que pode se beneficiar desta situação favorável”. Duailibi ressaltou também pontos negativos a serem observados, como agentes políticos externos e internos, guerras, crises internacionais e problemas econômicos em mercados das grandes potências, que atingem o mercado brasileiro.