Conforme calendário do Ministério da Saúde, o próximo 31 de maio é o Dia Mundial sem Tabaco. A campanha, criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), busca estimular as pessoas a abandonarem a dependência do cigarro e alertar sobre os riscos relacionados ao fumo.
O tabagismo é uma doença causada pela dependência de nicotina – a principal das mais de quatro mil substâncias presentes no cigarro que são nocivas à saúde, sendo que 70 delas são causadoras de câncer.
No Brasil revela-se em dados preocupantes com relação ao uso do cigarro. De acordo com pesquisa inédita feita pelo laboratório AstraZeneca, em 2022, mais de um quinto da população brasileira é usuária do tabaco, representando 28% do total. Dentre os fumantes, 39% consomem 11 ou mais cigarros por dia, a maior taxa em relação aos países da América Latina.
O tabagismo está diretamente ligado a mais de 50 doenças como câncer de pulmão, infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico (AVE), impotência sexual, gastrites, úlceras e danos ao olfato e paladar.
Dados da OMS
Segundo a OMS, estima-se que 8 milhões de pessoas morram por ano no mundo em decorrência de doenças ligadas ao tabagismo, sendo que, desse total, 1,2 milhão é composto por não-fumantes expostos de forma passiva.
O câncer de pulmão, muito ligado ao tabagismo, é um tumor com alta letalidade no Brasil, sendo responsável pela morte de cerca de 28 mil pessoas por ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Este tipo de câncer pode chegar a uma taxa de mortalidade de 82% dos casos e frequentemente é identificado de forma tardia, o que diminui ainda mais as chances de cura. Câncer de boca e de garganta também estão ligados ao tabagismo. O fumo causa a inflamação dos vasos sanguíneos, aumentando as chances de infarto do miocárdio, de um AVE, de tromboses e aneurismas.
O alerta sobre os riscos da prática de fumar se faz necessário a cada dia. O narguilé e o cigarro eletrônico, por exemplo, muito populares entre os jovens, também incentivam ao tabagismo e podem ser tão letais quanto o cigarro industrial. O narguilé oferece riscos porque não possui filtro para a fumaça e é ingerido em maior quantidade do que o cigarro numa mesma tragada. Dependendo da duração, uma sessão de narguilé pode equivaler a mais de 100 cigarros.
Cigarros eletrônicos
Já os cigarros eletrônicos – que se popularizaram há poucos anos, mesmo sendo proibida a sua comercialização no Brasil -, possuem substâncias tóxicas para o organismo, como a nicotina, em quantidade tão concentrada quanto o cigarro tradicional, além de metais pesados, como chumbo, ferro e níquel. Não existe quantidade considerada segura para o uso dessas substâncias, podendo resultar em câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares.
Procure ajuda
Abandonar o uso do tabaco pode ser uma tarefa difícil, principalmente por conta dos efeitos psicológicos da abstinência de nicotina. Mas os benefícios compensam e representam a uma escolha pela vida e pela saúde. Cada dia sem fumar aumenta o tempo de vida – cerca de 11 minutos a mais para o indivíduo – e é possível restabelecer muito da saúde após anos de abandono da prática.
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O que acontece se você parar de fumar:
- 20 minutos: pressão sanguínea e pulsação normalizam;
- 2 horas, não há mais nicotina na circulação sanguínea;
- 8 horas, o nível de oxigênio no sangue é normalizado;
- 12 a 24 horas, os pulmões já funcionam melhor;
- 2 dias, já se percebe melhora no olfato e paladar;
- 3 semanas, a respiração e a circulação melhoram;
- 1 ano, o risco de morte por infarto do miocárdio é reduzido à metade;
- 10 anos, o risco de sofrer infarto será igual ao das pessoas que nunca fumaram.
Fonte: Tratamento do tabagismo — Instituto Nacional de Câncer – INCA (www.gov.br)