O diagnóstico dos resultados obtidos nos últimos anos foi foco das apresentações feitas na manhã do segundo dia do Encontro de Planejamento Estratégico da Geap para o período de 2024 a 2030, realizado em Brasília, nos dias 17 e 18 de novembro. O diretor-presidente, Douglas Figueredo, explicou aos gestores o objetivo da dinâmica prevista para o dia.
“Ontem trabalhamos cenário, hoje nós vamos fazer a apresentação e avaliação do diagnóstico, falar um pouco dos nossos números para conseguirmos conciliar o cenário com o diagnóstico e poder seguir para a prática, com definição a nível estratégico dos próximos anos da Geap”, detalhou.
Ao fazer um balanço da atual gestão, Douglas destacou o novo momento da operadora, que conseguiu reverter a curva de crescimento da carteira de beneficiários, que, há anos, vinha em forte tendência de queda. “No nosso encontro de gestores de março a gente falou sobre melhorar a autoestima da Fundação e já avançamos muito. Nós trouxemos quase 20 mil vidas líquidas para a nossa carteira, um recorde nos últimos cinco anos, e isso é um fator importante para o mercado, um recado para o beneficiário de que a Geap voltou a crescer, mensagem fundamental internamente também, para quem faz a autogestão”, destacou.
Em seguida, os diretores das áreas financeira, de relacionamento, assistencial e administrativa da Casa realizaram palestras trazendo os resultados, apontando os desafios e o plano de ações com perspectivas para o próximo período planejado.
Diretoria Financeira
A diretora Financeira Sílvia Albernaz, em sua palestra, abordou iniciativas implementadas para otimizar os processos financeiros da empresa. Como exemplo, ela destacou a redução do prazo de pagamento ao prestador, que saiu de até 90 dias para cerca de 40 dias. “Essa melhoria não beneficia apenas os prestadores de serviços, mas também contribui para uma rede mais conectada. O pagamento em um prazo menor não só fortalece as relações com fornecedores, mas também atrai vantagens para os beneficiários, trazendo-os mais ativamente para o contexto operacional”, explica.
Durante a apresentação, foram abordados tópicos relevantes como a implementação de processos de auditoria digital, essencial para aprimorar a transparência e eficiência nos registros financeiros. Albernaz compartilhou insights sobre o programa Dívida Zero, enfatizando sua relevância para a saúde fiscal da organização.
Outra iniciativa mencionada foi a contratação de uma empresa especializada em cobrança de dívidas, para atuar na recuperação de recursos financeiros. “Consideramos isso como benefício adicional obtido por meio da introdução da nova forma de cobrança, permitindo pagamentos por cartão de crédito em até 18 parcelas. Essa flexibilidade facilita o processo de pagamento para os clientes, agiliza o repasse integral para a Geap, consolida uma gestão financeira eficiente e adaptada às demandas do mercado”, afirmou.
Diretoria de Relacionamento
O diretor de Relacionamento, José Pacheco, fez um abrangente panorama da Pasta, oferecendo dados sobre diversos aspectos – captação de beneficiários, celebração de novos convênios, aprimoramentos na qualificação da rede credenciada e outros. “Com os novos convênios, o potencial é de cerca de 75 mil vidas e, até o momento, só foram captadas 5 mil. E o que isso significa? Oportunidade! E são essas oportunidades que precisamos trabalhar. Precisamos elencar maneiras para conseguir avançar mais e mais e nas várias praças no Brasil, precisamos de novos produtos e para isso nosso time está trabalhando intensamente. Então, temos uma série de ações em curso para seguirmos evoluindo”, disse Pacheco.
Diretoria Assistencial
Na análise realizada pela diretora assistencial, Rosana Rocha, foram evidenciados programas essenciais que moldam a atuação da Geap no cuidado com seus beneficiários. Entre eles, destacam-se: os auxílios financeiros, um suporte fornecido pela operadora para beneficiários com deficiência ou outras questões de saúde; o programa Hiperdia, que atende na prevenção e no cuidado de indivíduos com hipertensão, diabetes ou propensão a essas condições: os Programas de Atenção Primária à Saúde (APS) – Integra Saúde, operando na telemedicina e no serviço presencial, presente em cinco estados, com previsão de expansão para mais unidades federativas.
Ressaltando a inovação, Rosana abordou o programa de internação domiciliar, que está passando por aprimoramentos, incluindo reformas nas instalações nas residências dos pacientes. Os hospitais de transição, que atuam para facilitar a transição da internação hospitalar para o ambiente doméstico, também foram evidenciados como parte da abordagem assistencial da Geap.
Sobre auditoria, ela observou a importância da contratação da nova empresa terceirizada. “A Geap era a única operadora de saúde que ainda não estava fazendo auditoria e regulação com um parceiro externo e a gente não teve outra opção senão olhar por esse lado. Com essa parceria a gente vai diminuir os custos administrativos, já reduziu em 39% o custo com folha de pagamento nas unidades administrativas somente com essa ação. Também vamos implementar uma central de regulação 24 horas, sete dias por semana”. A instalação da clínica da mulher e da criança nas Unidades Administrativas da Geap foi outro ponto trazido pela diretora. “Conto com todos vocês a nos apoiarem e se empenharem nessas ações para que a gente possa trabalhar e entregar o melhor para nossos beneficiários”, finalizou.
Diretoria Administrativa
O diretor de Administração, Bruce Abrantes, abordou a questão dos investimentos em tecnologia para levar a Geap à evolução e mantê-la competitiva. “Ontem na apresentação que o pessoal da tecnologia nos trouxe muito bem foi sobre a parte de Inteligência Artificial e a necessidade de trabalhar as informações, trabalhar os nossos dados com mais eficiência. Segundo Bruce, existem diversas outras ações visando a implementação dessas tecnologias e que tal tema deve ser prioritário na elaboração do planejamento da Geap.
Ao final da manhã, o diretor-presidente Douglas apresentou o conceito de futuro, avaliou a atual visão atual da Geap – Ser a melhor autogestão do Brasil até o final de 2023 com sustentabilidade – e abordou pontos de melhoria. Em seguida, pediu para que os 23 grupos criados para as dinâmicas do dia elaborassem uma nova visão de futuro da operadora para o período de 2024-2030.
“A nossa visão de futuro é a qualidade, ser a melhor. Só se recomenda aquilo que se confia. Vamos atuar dentro de ações que podemos comprovar com indicadores. Valores corporativos precisam ser acompanhados e medidos”, garantiu Douglas Figueredo.
A programação finalizou com a realização de oficinas para construção da visão de futuro, valores e ações estratégicas, com base em análises da situação atual da Autogestão e do mercado da saúde suplementar. Os gestores puderam compartilhar suas sugestões e realizar juntos um diagnóstico de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, em matriz SWOT.
