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Autismo: principais sinais em cada fase e como é feito o diagnóstico!

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Autismo: principais sinais em cada fase e como é feito o diagnóstico

O transtorno do espectro autista (TEA) é uma alteração congênita (desde o nascimento) do desenvolvimento neurológico, que afeta diversos aspectos da vida e do dia a dia das pessoas afetadas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1 em cada 160 crianças apresenta dificuldades de desenvolvimento relacionados ao TEA.

O diagnóstico precoce pode ser um desafio para pais e educadores, mas é a melhor maneira de atenuar os sintomas e garantir mais independência e qualidade de vida aos pacientes.

Conheça mais sobre o autismo, seus sinais de alerta e quais profissionais buscar para fazer um diagnóstico.

O que você precisa saber sobre o autismo

O autismo – nome popular do transtorno do espectro autista – é uma alteração que afeta o neurodesenvolvimento, impactando a interação social, a linguagem, a comunicação, a coordenação motora, o comportamento e a aprendizagem.

As causas do TEA ainda são motivo de pesquisa científica, principalmente para esclarecer o peso das causas genéticas e hereditárias para sua ocorrência, tanto as mutações espontâneas (sem histórico familiar) quanto a influência dos genes dos pais.

Sabe-se hoje que a genética responde por cerca de metade do risco de ocorrência do TEA, sendo que o peso de outros fatores é igualmente importante, como estresse, infecções, substâncias tóxicas, complicações gestacionais, entre outros. 

Condição crônica (sem cura), o autismo não se manifesta da mesma forma (nem na mesma intensidade) em todos os indivíduos acometidos, havendo inclusive os chamados autistas de alto desempenho, que são aqueles com diagnóstico estabelecido, mas que preservam a capacidade de raciocínio, comunicação e funcionalidade. Essa categoria é, inclusive, muito semelhante à Síndrome de Asperger, que são os autistas com funcionalidade bastante próxima (ou até superior) à média.

Apesar de se tratar de uma condição que acompanha os pacientes desde o nascimento, é a partir da chegada de alguns marcos do desenvolvimento que a alteração se torna mais visível, facilitando a percepção de pais e pessoas próximas.

Autismo: principais sinais em cada fase e como é feito o diagnóstico

Alguns dos sinais mais frequentes nessa fase costumam ser a dificuldade de interação com outras pessoas (preferindo permanecer ou brincar sozinho) e os padrões repetitivos de comportamento, fixando-se em algo por muito tempo (vídeo, música, brinquedo) e tendo dificuldade para aceitar mudanças.

Quanto mais cedo for diagnosticado o quadro, mais efetivo será o tratamento, e a criança ou adulto responderá melhor às intervenções, permitindo mais autonomia, qualidade de vida e compreensão dos sintomas.

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Sinais do espectro autista em cada fase

Como dito acima, os sinais do autismo tendem a se tornar mais claros à medida que a criança alcança algumas fases do seu desenvolvimento, em que algumas aquisições são esperadas.

Inicialmente pode ser difícil para pais (ou mesmo para profissionais) identificarem, de maneira assertiva, esses indícios, já que podem se confundir com outras condições comuns na infância (mesmo em crianças sem alterações).

Por isso, o ideal é que tanto os pais quanto todos que cercam a criança (inclusive professores e cuidadores) se informem sobre o tema e estejam atentos a possíveis alterações, a fim de que a criança seja avaliada o quanto antes e receba os devidos cuidados.

Confira, abaixo, os sintomas mais comuns em cada fase.

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1. Em bebês

Esta é a fase em que geralmente é mais difícil perceber (e diagnosticar) um possível quadro de autismo, mesmo para profissionais especializados. Nesse período, os principais sinais costumam ser:

  • Falta de contato visual com a mãe durante a amamentação.
  • Apatia.
  • Choro frequente e sem razão aparente.

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3. Em jovens

A adolescência já é uma fase desafiadora para qualquer indivíduo. Portanto, é preciso redobrar a atenção com o jovem autista durante esse período.

  • Dificuldade de relacionamento com amigos, preferindo se isolar.
  • Alterações sexuais, como hipersexualidade (excesso de interesse), assexualidade (desinteresse) ou disforia de gênero (não identificação com o gênero de nascimento).
  • Preferência por experiências sexuais individuais, como masturbação.
  • Feições e fala anormais.
  • Problemas diversos de comportamentos.
  • Baixa compreensão do mundo que o cerca.
  • Comportamento infantilizado.

2. Em crianças

Momento em que geralmente a maioria dos diagnósticos são estabelecidos, a infância é quando os padrões costumam se consolidar, com sinais como:

  • Movimentos repetitivos e frequentes, com as mãos, pés ou corpo.
  • Agitação frequente.
  • Falta de interação com outras crianças.
  • Falta de contato visual prolongado.
  • Uso inadequado de brinquedos. Usar uma bola como se fosse um carrinho e vice-versa.
  • Interesse excessivo por um único assunto, brinquedo, música, vídeo, etc.
  • Hipersensibilidade a sons, cheiros e toques.
  • Dificuldade para aceitar mudanças na rotina.

4. Em adultos

Nos adultos, os sinais não mudam muito em relação à adolescência, e a falta de interação é o sintoma mais recorrente. Também podemos listar:

  • Dificuldade na vida profissional.
  • Falta de empatia (não costuma se sensibilizar com incômodos alheios).
  • Ingenuidade ou dificuldade em perceber as emoções do outro.
  • Dificuldade em receber carinho, especialmente o toque.
  • Linguagem mais formal e direta.
  • Rejeição a alimentos que não conhece.
Autismo: principais sinais em cada fase e como é feito o diagnóstico

5. Em idosos

Um idoso autista já foi uma criança e um jovem com o mesmo transtorno. Portanto, os sintomas não variam muito. Por exemplo:

  • Uso de linguagem formal e repetitiva.
  • Dificuldade de interagir com outras pessoas.
  • Preocupação exagerada com partes específicas de objetos.
  • Rotina inflexível.
  • Interesses limitados em determinados assuntos.

Como é feito o diagnóstico do autismo

A observação dos sintomas é o primeiro passo a ser dado, sendo fundamental que pais, professores, cuidadores e familiares estejam atentos quanto a possíveis alterações, como as citadas acima.

Mas, como vimos, nem sempre é possível perceber algumas alterações mais sutis no desenvolvimento ou comportamento das crianças. Inclusive, vale citar que não é possível detectar o autismo através de exames de imagem ou laboratoriais, mas sim por meio de avaliações do indivíduo e de familiares e por protocolos definidos internacionalmente. 

Por isso, a consulta de rotina com pediatra é essencial. Esse(a) profissional é habilitado a perceber possíveis anormalidades e orientar os pais a respeito dos próximos passos.

As etapas seguintes devem incluir avaliação com neuropediatra, profissional capaz de avaliar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança. O especialista pode solicitar exames e testes para fechar um diagnóstico com mais clareza.

O autismo é um transtorno que afeta diversas áreas do desenvolvimento. Por isso, o ideal é que o acompanhamento envolva outros profissionais, como fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos e psiquiatras

Papel do neurologista no acompanhamento

O neurologista (para adolescentes e adultos) ou o neuropediatra (para crianças) é um profissional fundamental e central no acompanhamento do paciente autista.

É esse profissional que geralmente fecha o diagnóstico e que acompanha a evolução do indivíduo ao longo do tempo, inclusive prescrevendo medicamentos ou solicitando a participação de outros especialistas no processo terapêutico.

Portanto, assim que forem percebidas alterações como as citadas neste artigos ou outras relacionadas ao neurodesenvolvimento, o ideal é que os pais ou responsáveis busquem o quanto antes ajuda médica, iniciando com a avaliação pediátrica ou procurando diretamente um(a) neurologista infantil.

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