O diabetes tipo 2 surge devido ao aumento persistente dos níveis de açúcar no sangue. Atualmente, 16,8 milhões de pessoas convivem com a doença, cerca de 7% da população, segundo o Ministério da Saúde. E a estimativa é que em 2030, esse número chegue a 21,5 milhões.
Ou seja, a tendência é que, a cada ano, mais pacientes sejam diagnosticados com diabetes. E, justamente por isso, é preciso chamar atenção para o tema.
Então, quer saber mais sobre a diabetes tipo 2?
Acompanhe!
O que é a diabetes tipo 2?
A diabetes tipo 2 (ou diabetes mellitus tipo 2) é uma doença crônica que altera a forma como o organismo processa o açúcar no sangue.
O tipo 1 é provocado pela redução da quantidade das células beta pancreáticas, provocada por uma ação autoimune do organismo do paciente. Nesses casos, o mais comum é os sintomas surgirem logo cedo, na infância ou adolescência, de forma bastante rápida (dias ou meses).
Já a diabetes tipo 2 está mais ligada a questões de hábitos e comportamentos, como alimentação inadequada (excesso de gordura e carboidratos), sobrepeso e obesidade, sedentarismo, entre outros.
Diferentemente do tipo 1, neste caso o excesso de açúcar para processar faz com que o corpo crie uma resistência à insulina, hormônio que transporta a glicose até as células. Ou seja, as células beta pancreáticas produzem a insulina, porém sua ação fica prejudicada.
Neste cenário, o pâncreas tenta recompensar essa insuficiência produzindo mais insulina, o que, com o tempo sobrecarrega o órgão, que não dá mais conta. O resultado disso é a elevação permanente do nível de açúcar no sangue. Esse processo ocorre de forma mais lenta que no tipo 1, geralmente levando anos para evoluir.
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No longo prazo, esse alto índice de glicemia pode causar muitos danos ao organismo, principalmente nos vasos sanguíneos (pelo excesso de açúcar). Nesse sentido, algumas das consequências são:
- Problemas cardiovasculares – Aumento de risco de infartos e AVCs;
- Danos à retina – Parte do olho responsável pela formação de imagens, podendo levar a cegueira;
- Falência renal – Quando os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue e eliminar tudo o que pode ser tóxico para o organismo;
- Neuropatia periférica – Quando os nervos são comprometidos e há a perda de sensibilidade;
- Amputações – Quando as feridas (geralmente nas extremidades das pernas e braços) evoluem para gangrena e morte dos tecidos;
- Coma.
Sintomas da diabetes tipo 2
Os sintomas da diabetes tipo 2 são bem parecidos com a do tipo 1, porém este último surge de forma mais precoce (infância ou adolescência) e têm sintomas agudos, enquanto que a primeira costuma surgir por volta dos 50 anos de idade, com sintomas mais gradativos.
Confira abaixo, os principais sinais indicativos da diabetes:
- Fome e sede excessivas, com sensação de boca seca;
- Vontade de urinar constante;
- Perda de peso de razão aparente;
- Formigamento nos membros inferiores;
- Feridas e machucados que demoram para cicatrizar;
- Fadiga.
O que causa a diabetes tipo 2?
As pessoas que desenvolvem a diabetes tipo 2, em geral, possuem uma predisposição genética. No entanto, o estilo de vida está fortemente associado ao aparecimento da doença.
Alguns hábitos que podem desencadear a condição:
- Maus hábitos alimentares: dieta rica em gordura saturada, açúcar e carboidratos;
- Sedentarismo;
- Sobrepeso e acúmulo de gordura no abdômen;
- Tabagismo.
Além disso, existem outros fatores ligados à saúde que podem contribuir para o diagnóstico de diabetes tipo 2:
- Pressão alta;
- Colesterol alto;
- Síndrome do ovário policístico;
- Doenças renais.
É importante ressaltar, que a gordura concentrada na região abdominal é relacionada ao surgimento da chamada síndrome metabólica – conjunto de condições, como hipertensão, alteração do colesterol, entre outros – que podem interferir de forma significativa na produção e na ação de insulina no organismo, também favorecer o surgimento da diabetes.
Por isso, mesmo que a doença apareça, de forma mais frequente, em pessoas acima dos 50 anos, é preciso controlar o peso, seja através da alimentação ou da prática de exercícios físicos, para reduzir o risco.
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Portanto, apesar de ser uma doença que atinge mais pacientes predispostos geneticamente, uma dieta desequilibrada e o sedentarismo podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Como saber se a pessoa tem diabetes tipo 2?
Diagnóstico da diabetes tipo 2
O primeiro passo para controlar a diabetes tipo 2 é acompanhar de perto os níveis de açúcar no sangue e identificar o mais rápido possível quando esses índices estão alterados.
Inclusive, enquanto as alterações se encontram em “pré-diabetes”, ainda há possibilidade de reverter o quadro. Quando a diabetes se instala, não há mais chance de cura, restando apenas o controle.
Confira abaixo como pode ser feito o diagnóstico:
- Exame de glicemia em jejum – A forma mais simples, rápida e barata para checar a glicemia é por meio do exame de sangue com o paciente em jejum. Para o paciente ser considerado diabético, o resultado precisa estar acima 126 mg/dL (confirmado em outro exame posterior).
- Teste de tolerância à glicose – Outro exame que pode indicar a diabetes é o teste oral de tolerância à glicose. Funciona assim: o nível de açúcar no sangue é medido com o paciente em jejum e duas horas após ingerir 75 g de glicose. Se o resultado estiver acima de 199 mg/dL, o indivíduo é considerado diabético.
- Hemoglobina glicada – Finalmente, existe também o exame laboratorial para dosagem da hemoglobina glicada, que permite avaliar a glicose no sangue nos últimos três meses. Caso o resultado esteja acima de 6,4%, também indica diabetes.
Tratamento da diabetes tipo 2
Os primeiros passos do tratamento para a diabetes tipo 2 é a adoção de hábitos mais saudáveis como, alimentação equilibrada, rotina de exercícios regulares, além de abandonar o tabagismo, caso seja o caso. O consumo de bebida alcoólica também deve ser moderado.
Doces não são proibidos, mas o controle deve ser mais severo. E ao optar por alimentos diet, é preciso ter uma atenção maior à embalagem, pois é necessário conferir se realmente não há açúcar na composição.
Além disso, o médico também irá receitar remédios que irão ajudar a regular os níveis de glicemia.
Quanto às injeções de insulina, elas só são necessárias quando a diabetes tipo 2 evolui, e a produção desse hormônio pelo pâncreas está muito afetada. Nesse cenário, o médico será o responsável por montar o esquema de aplicação e orientar sobre o uso.
O número de pacientes diagnosticados com diabetes está subindo no Brasil e no mundo. E, para vencermos essa batalha, a informação é fundamental. Por isso, se você gostou do conteúdo, compartilhe!
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