A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma das doenças cardiovasculares mais frequentes, atingindo homens e mulheres de diferentes faixas etárias.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% dos brasileiros convivem com essa condição, boa parte sem saber que tem o problema.
No mundo, o índice de hipertensos também é alto, o que revela um quadro preocupante. De acordo com estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com o Imperial College de Londres, o número de hipertensos dobrou em 30 anos, passando de 650 milhões em 1990 para 1,2 bilhão em 2020.
Confira, logo abaixo, as melhores formas de prevenir, diagnosticar e tratar corretamente a hipertensão arterial!
O que é a hipertensão arterial?
A hipertensão arterial é uma doença crônica (não tem cura), caracterizada pelo aumento anormal e prolongado da pressão sanguínea nas artérias, levando a diversos riscos e complicações em diferentes estruturas do nosso corpo.
A elevação da pressão arterial está diretamente ligada a um enrijecimento da parede das artérias, reduzindo sua elasticidade.
Com menos capacidade dos vasos se expandirem, o fluxo sanguíneo acaba exercendo uma maior pressão no seu interior, danificando as artérias e aumentando o risco de diversos problemas graves, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência renal, perda da visão e até amputação de membros.
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Como é feito o diagnóstico da hipertensão?
Para que alguém seja diagnosticado como hipertenso, não basta somente uma medição alterada. Em geral, o paciente precisa apresentar níveis pressóricos acima de 12/9 mmHg em dias e horários diferentes.
Ainda assim, para estabelecer o diagnóstico e indicar um tratamento específico, os(as) especialistas optam por fazer uma confirmação por meio do exame de MAPA (monitoramento ambulatorial da pressão arterial), que é uma avaliação em que se instala um dispositivo no paciente para monitorar sua pressão durante 24 horas.
Nesse período, o aparelho realiza entre 50 e 80 medições da pressão arterial, inclusive durante o sono, permitindo traçar uma média dos valores pressóricos do paciente.
🚨 Caso você – que não é hipertenso – apresente valores acima de 12/9 mmHg, busque uma avaliação médica o quanto antes, para fazer uma investigação mais detalhada, pois esse é o primeiro estágio da hipertensão. E se você – que já é hipertenso – verificou níveis acima de 18 mmHg de pressão sistólica ou 12 de pressão diastólica, busque um pronto-socorro imediatamente.
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5 dicas para se proteger da hipertensão arterial
A hipertensão é uma doença que não possui cura e, em muitos casos, tem razões hereditárias. No entanto, o estilo de vida também influencia, de maneira muito significativa, no desenvolvimento do problema.
Sendo assim, alguns cuidados no dia a dia podem prevenir o surgimento da condição, como:
1. Pratique exercícios físicos
A prática de exercícios físicos de forma regular ajuda a controlar a pressão arterial, pois melhora a circulação sanguínea e reduz o estresse, que também é um fator prejudicial para a pressão alta.
Segundo a OMS, o recomendado é um mínimo de 150 minutos por semana de atividades intensas ou 300 minutos semanais de atividades moderadas. Dê preferência pelas atividades aeróbicas, que costumam ser as mais benéficas para o sistema cardiovascular.
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2. Combata o estresse
A hipertensão arterial é uma condição intimamente ligada a questões emocionais, como ansiedade e estresse excessivos. Isso ocorre porque, em momentos assim, nosso corpo libera substâncias como adrenalina e cortisol, que têm o poder de elevar a pressão para nos manter em alerta.
Quando isso ocorre com frequência, aumentam os riscos de AVC, infarto, dentre outras doenças.
Portanto, priorize uma organização do dia a dia que traga mais qualidade de vida, trabalhe questões emocionais que gerem estresse ou ansiedade (talvez com auxílio de um psicólogo) e sempre reserve um tempo para as atividades que te relaxam e dão prazer.
3. Reduza o consumo de sódio
O consumo em excesso de sódio é um dos principais fatores de risco da hipertensão, pois essa substância tem o poder de enrijecer a parede das artérias, reduzindo sua elasticidade e aumentando a pressão no interior dos vasos.
A principal fonte de consumo de sódio é o sal de cozinha, mas ele também está presente em diversos alimentos industrializados, como refrigerantes e embutidos (mortadela, salsicha e presunto).
A Organização Mundial da Saúde recomenda que o consumo de sódio para adultos seja de no máximo 2 gramas/dia, ou 5 gramas de sal.
4. Fique atento à gordura abdominal
O acúmulo de gordura na região abdominal também é um fator de risco para a pressão alta, pois estimula a multiplicação de células que liberam substâncias inflamatórias, que agravam ainda mais o quadro.
Ainda segundo a OMS, os homens devem manter uma circunferência abdominal abaixo de 102 cm e as mulheres abaixo de 88 cm.
Uma alimentação equilibrada aliada a exercícios físicos praticados de forma regular são a forma ideal de evitar essa formação de gordura.
5. Reduza o consumo de álcool e tabagismo
O hábito de fumar e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas são fatores que também estimulam o aumento da pressão arterial.
Alguns estudos, inclusive, apontam que o cigarro danifica e contrai ainda mais as paredes das artérias, fazendo com que o coração se esforce mais para trabalhar.
Portanto, o ideal é interromper o hábito de fumar e consumir bebidas alcoólicas com moderação para melhorar sua saúde cardiovascular como um todo.
Como é tratada a hipertensão arterial
O tipo de tratamento para a pressão alta é definido de acordo com uma série de fatores.
Em geral, as medidas dividem-se entre:
- Não farmacológicas – Medidas indicadas geralmente para quadros mais leves, com recomendações focadas nas mudanças de hábitos, como os cuidados citados nos tópicos acima.
- Farmacológicas – São usados medicamentos orais, que podem ser do tipo diuréticos (aumentando a frequência urinária, para eliminação do sódio), vasodilatadores (ampliam o espaço interno dos vasos), entre outros.
Vale lembrar que o uso de medicamentos anti-hipertensivos não dispensa a adoção dos cuidados não farmacológicos, sendo medidas complementares que vão trazer melhores resultados quando adotadas em conjunto.
Hipertensão arterial: as avaliações regulares são essenciais
A hipertensão arterial é uma daquelas doenças que os médicos chamam de “silenciosas”; isso porque não costumam dar sinais até que o quadro esteja grave.
Por isso, as avaliações de rotina, com medições regulares da pressão arterial (ao menos 6 em 6 meses) são fundamentais para acompanhar sua saúde pressórica e identificar possíveis alterações de forma precoce.
Quando identificada no início, essa alteração pode ainda ser revertida somente com mudanças de hábitos. Quando a doença se estabelece, passa a ser crônica, não havendo mais cura, mas somente controle.
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